Teologia da Unicidade de Deus
Conhecendo a Unidade de Deus (1)
Ao tratarmos da Unicidade de Deus, estamos tratando de um ramo da Teologia Sistemática, de tamanha importância, que devemos nos curvar à Soberana Graça de Deus, que, sendo tão maravilhoso, tão excelso, tão sublime e tão grandioso, condescendeu-Se de sua grande glória para viver neste mundo, no corpo de um Homem chamado Jesus Cristo, que entregou sua vida, na mais humilhante morte de cruz, para salvar a humanidade.O que as Escrituras nos apresentam de Gênesis a Apocalipse é O ÚNICO DEUS, Soberano Criador, que revelou-Se no AT como o Grande EU SOU, que não revelou o Seu Nome, manifestando-se através de nomes-títulos, como ELOHIM (Deus), ADONAI (Senhor), e outros nomes compostos que revelam o caráter de Deus em favor do seu povo.Unicidade é a qualidade daquele que é único. O dicionário define o adjetivo "único" como: (1) Que é um só; (2) De cuja espécie não existe outro; (3) Exclusivo, excepcional; (4) A que nada é comparável; (5) Superior a todos os demais". É isso que Deus, o Senhor diz de Si. "Eu Sou Deus, e fora de mim não há outro"; há outro Deus além de mim? Não, não há outra Rocha que Eu conheça". Os argumentos apresentados pelos teólogos que defendem a doutrina da “Santíssima Trindade”, na verdade, são subsídios para esclarecimento da "Unicidade de Deus". Aqui trataremos de esclarecer supostas contradições levantadas sobre textos bíblicos, e dúvidas “daqueles que desejam com mansidão e temor conhecer a Verdade da Palavra de Deus”. A Unicidade de Deus não foi produzida por concepção de nenhum “pensador” judeu ou pagão. É Deus mesmo quem diz: “Ouve, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor" .(Dt 6:4). Os Teólogos trinitários atribuem a Sabélio (cerca de 215AD.), a quem chamam de herege. O que eles chamam de "heresia" é, isto sim, a defesa da Unicidade de Deus. Na verdade Sabélio (que foi antecedido por Noeto, Epigono, Cleomenes, e o bispo Zeferino, no período entre 180 a 217), ensinou a mais fiel cristologia do Logos, a mesma defendida pelos apóstolos Paulo e João. Eis o ensino de Sabélio: Pai, Filho e Espírito Santo, são um só e o mesmo.São os três nomes do Deus Único que se manifesta de formas diferentes, segundo as circunstâncias. Enquanto Pai é o Legislador do Antigo Testamento, enquanto Filho, é encarnado, e enquanto Espírito Santo é o inspirador dos apóstolos. Mas é o mesmo e único Deus que assim aparece nessas relações sucessivas e transitórias, exatamente como se pode, a um mesmo indivíduo, atribuir diferentes títulos segundo os diversos papéis que venha exercer.Tão bem conceituada foi a teologia defendida por Sabélio, que veio influenciar consideravelmente o desenvolvimento do que viria a ser a "Cristologia ortodoxa". A crítica derramada sobre Sabélio e os seus antecessores, era na realidade, política, por serem considerados "Monarquianos modalistas", ou "monarquianos dinâmicos", opostos aos "montanistas" (discípulos de Montano), como era o caso de Tertuliano, que conseguiu bastante influência com os "mestres" da Igreja, dada à sua habilidade literária.Não entendemos porque os teólogos trinitários encontram somente Sabélio, quando tantos outros influentes "Pais da Igreja" defenderam tão claramente a doutrina bíblica da Unicidade de Deus citando, por exemplo: Inácio de Antioquia (110?), que foi discípulo do apóstolo João, que ensinava: “O Sacrifício de Cristo é o sangue de Deus" (vide Atos 20:28). Saudava os cristãos romanos em Jesus Cristo, nosso Deus, e afirmava que a Encarnação (o Cristo) foi a manifestação de Deus para revelar uma nova humanidade". Calixto, afirmava: "Pai, Filho e Logos, são nomes do Espírito único e indivisível; Filho é designação própria daquele que era visível, ao passo que Pai é o Espírito que nele habitava.” Essa presença do Pai em Jesus é o Logos.”Contudo, a Teologia que ensina e prova biblicamente que Deus é um só, em três manifestações, não é de autoria de Sabélio, nem de nenhum outro intérprete do período pós-apostólico. Irineu, Sabélio e os demais aprenderam dos ensinos paulinos e Joaninos. Para Paulo, a identificação do Cristo exaltado com a sabedoria, o Logos, era não somente fácil, mas também natural. E a sabedoria, o Logos era forçosamente pré-existente e devia ter estado sempre com Deus. Ele é o Espírito de Deus, a sabedoria de Deus; nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade.No Evangelho de João, a pré-existência e a atividade criadora do Logos (a Palavra que se fez carne), merecem o mesmo lugar de destaque do pensamento de Paulo. Cristo é o Logos, o Verbo que estava com Deus, e o Verbo era Deus (Observemos: "O Verbo era Deus", não "um Deus").A Unicidade de Deus nas Escrituras1) “Eu Sou o Senhor teu Deus... não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20:2,3);2) “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor” (Delft. 6:4; Marcos 12:29);3) “Eu, o Senhor, o Primeiro, e com os últimos, Eu mesmo” (Is. 41:4).;4) “Eu Sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, não darei a outrem” (Is. 42:8);5) “Eu, Eu Sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador” (Is. 43:11);6) “Assim diz o Senhor, Rei de Israel e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu Sou o Primeiro e EuSou o último, e fora de mim não há Deus” (Is. 44:6);7) Há outro Deus além de mim? Não! Não há outra Rocha que Eu conheça (Is. 44:8);8) Eu Sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há deus; (Is. 45:5);9) Eu Sou o Senhor, e não há outro. (Is. 45:6);10) Deveras Deus está em ti, e nenhum outro deus há mais. (Is. 45:14);11) Porventura, não Sou Eu, o Senhor? E não há outro Deus senão Eu; DeusJusto e Salvador, não há fora de mim. (Is. 45:14);12) Lembrai-vos das coisas passadas desde a Antigüidade: que Eu Sou Deus, e não há outro semelhante a mim (Is. 46:9);13. Ao único Deus sábio, seja dada glória por Jesus Cristo (Rom 16:27);14) “... sabemos que o ídolo nada é no mundo e que não há outro Deus, senão Um Só” (1Cor. 8:4);15) Todavia, para nós há Um Só Deus, o Pai de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por Ele (1 Cor. 8:6);16) Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus, seja honra e glória para todo o sempre. Amém (1Tim. 1:17);17) Porque há Um Só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem (1Tim. 2:5); 18) “Um Só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos” (Ef. 4:6);19) Tu crês que há Um Só Deus? Fazes bem; também os demônios o crêem, e estremecem (Tg 2:19);20) Ora, ao Único Deus, Salvador nosso, por Jesus Cristo, nosso Senhor, seja glória e majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre (Judas v.25).O Único Deus REVELOU-Se em corpo humano.No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele, nada do que foi feito se fez. Estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O conheceu. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, glória como a do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade - João 1:1-3, 10, 14 - E chamou-Se JESUS CRISTO. Isto quer dizer: “Deus estava em Cristo, reconciliando o mundo consigo mesmo”. Deus, olhando dos céus à terra, viu que “...não havia um justo, nenhum sequer” (Rom. 3:10); Viu que não havia ajudador algum e maravilhou-se deque não houvesse um intercessor; pelo que o seu braço lhe trouxe a salvação, e a sua justiça o susteve (Is. 59:16). Jesus Cristo é o braço de Deus (Is. 53:1), e é também a Justiça de Deus (Jr. 23:5,6). Sabemos pelas Escrituras, de algumas intervenções diretas de Deus, para salvar, ou para julgar o seu povo, que resultaram em destruição de grande número de almas, porque o Santo Deus, não tolera a impiedade, e certamente toda a raça humana seria destruída, por uma intervenção divina, direta, ou através de anjos, uma vez que estes seres celestiais, ministros de Deus, não conheceram a natureza pecaminosa do homem. Graças a Deus! Pela sua infinita misericórdia, o Amor de Deus se revelou, no corpo humano de Jesus Cristo, para salvar os pecadores: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna”. Dessa forma, Jesus Cristo é o Amor de Deus Revelado. Jesus Cristo é a forma física de Deus: Eis o que Ele declara acerca de Si mesmo: “Eu Sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora O conheceis e O tendes visto”. Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. E o Senhor lhe respondeu: “Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai e o Pai está em mim?” (João 14:16-10). “Eu e o Pai somos um” (João 10:30). Antes que Abraão existisse, “EU SOU” (8:58). Se não crerdes que EU SOU, morrereis em vossos pecados (8;24). O apóstolo Paulo escreve ao Filipenses: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus (ou seja: a forma física de Deus), não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz” (Fl. 2:5-8). Isto é, mesmo sendo Ele, a forma visível de Deus (o Emanuel), não se gloriou de ser Deus, não se revelou como Deus, mas sim, na qualidade de “servo”.
Jesus Cristo o Filho de Deus
nestas passagens bíblicas, claramente vemos o nascimento do Filho de Deus. Surge então a pergunta: - "O Filho existia na eternidade, com Deus?" Sim. na mente e no propósito de Deus. Não como pessoa ao lado de Deus.
O filho existia, sim, como o verbo (a palavra) de Deus que criou todas as coisas: "No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus." (não um Deus, como os TJ argumentam neste versículo). Todas as coisas foram feitas por Ele (o verbo), e sem Ele, nada do que foi feito se fez. Nele estava a Vida era a Luz dos homens; Estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O conheceu, ... E o verbo se fez carne (nasceu), e habitou entre nós, e vimos a sua glória, glória como a do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade (Jo. 1:1,3,4,10,14).
Verbo, atribuído a Cristo é "LOGOS" = A expressão do ser de Deus; a Palavra que criou, e que sustenta todas as coisas (Jo.1:1-3, Heb.11:3, Gen. cap.1, Col.1:15-17, Heb. 1:3). Este verbo Divino e maravilhoso é chamado no livro de Provérbios caps. 8 e 9 de "Sabedoria" que estava com o criador no início de todas as coisas (de todas as suas obras). O Apóstolo Paulo apresenta-nos Cristo "Sabedoria de Deus" (1Cor.1:24, 2:7).
6. O MINISTERIO DO FILHO
O ministério do Filho começou um dia (Jo.1:11 etc.), e se encerrará um outro dia: "... Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força. Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. Porque todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, está claro que se excetua aquEle que lhe sujeitou todas a coisas. ...E quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então o próprio Filho também se sujeitará aquEle que lhe sujeitou todas as coisas, para que Deus seja tudo em todos" (1Cor. 15:24-28). Então, é necessário que o Filho (Jesus Cristo) domine sobre todas as coisas. Até que n'Ele se congreguem todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos". (Ef. 1:10). O ministério do Filho estará em ação até a consumação dos séculos, quando então, não mais será necessário: Deus, em Cristo, triunfou sobre todo o império e potestade e força. Naquele dia, um será o Senhor e um será o seu nome (Zac. 14:9). Deus será tudo em todos!
Como vimos, pelas Escrituras acima, o Ministério do Filho não é eterno O título "Filho", quer dizer: Nasceu (foi gerado); está no tempo. Enquanto que "Eterno", não pode ter nascido. O Filho foi gerado (Sal. 2:7, Heb. 1:5); Quando? "Na plenitude do Tempo" (Gal 4:4); no dia em que a virgem achou-se ter concebido do Espírito Santo (Mat. 1:18, Luc. 2:7).
A teoria do "Filho Eterno" não se encontra nas Escrituras. Ela surgiu como resultado da teoria trinitariana, e ensina que existe uma segunda pessoa na Divindade (aliás, uma segunda e uma terceira).
Jesus Cristo, na carne, era o Filho gerado (Jo.3:16). As palavras "Gerado" e "Eterno" significam exatamente opostos, e se contradizem. Sobre Atos 13:33 - "Tu és meu Filho, eu hoje te gerei", comenta Adam Clarke: “A natureza humana de nosso abençoado Senhor foi gerada pela energia do Espírito Santo no seio da abençoada virgem. Quando a sua natureza divina que lhe permite ser Deus, não podia ser criada, nem gerada... a doutrina da eterna filiação de Cristo é absolutamente irreconciliável com a razão, e contraditória em si mesma. Eternidade é aquilo que não teve começo, e que não tem nenhuma conexão ao tempo. filho implica em tempo, geração e Pai. portanto, a conjunção racional destes dois termos: Filho e Eternidade, é absolutamente impossível, pois implicam em idéias absolutamente oposta e diferentes" - Adam Clarke. Citando também sua nota sobre Luc. 1:35: "A doutrina da eterna filiação de Cristo é contrária as Escrituras, e altamente perigosa... destrói a deidade de Cristo. Portanto, a considero uma horrível heresia" Adam Clarke.
Nosso Senhor existia antes que Ele se manifestasse em corpo humano. Ele eternamente existia como "Deus-e-Verbo". Ele não era apenas o Verbo de Deus, mas também o próprio Deus, exatamente como o seu amado apóstolo disse: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus"."...O Verbo manifestou-se na carne, foi justificado em Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, e recebido acima na glória" (1Tim. 3:16b).
Graças a Deus! O eterno entrou no tempo, Deus tomou a forma de homem!
O Verbo se fez carne, Nasceu o Filho de Deus!
Deus estava em Cristo, reconciliando o mundo consigo mesmo!"
E o que dizermos das palavras do Senhor Jesus, na oração sacerdotal? "E agora, Pai, glorifica-me em tua presença com a glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo. 17:5).
Deus é Onisciente, isto é, para Deus, o passado e o futuro são um "Eterno presente". Então, na mente e no propósito de Deus, a Obra que Cristo veio realizar na terra, já havia acontecido: "O Sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo" (1Ped. 1:19, 20), conseqüentemente a nossa redenção foi providenciada, também antes da fundação do mundo. O apóstolo João nos fala do "Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo." (Ap. 13:8). Falando do Milênio, Ele diz (profeticamente, aos judeus): "Vinde benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo (Mt.25:34). A igreja foi eleita em Cristo, antes da fundação do mundo (Ef. 1:4), e Cristo já tinha vivido a "Glória" que é vir cercado de Santos (Sua igreja glorificada) e anjos, para julgar e destruir os que "querem destruir a Terra" e estabelecer o seu glorioso Reino de Paz e Justiça universal! (Mt.25:31, Ap. 11:15-18, 19:11-21).
7. A DUPLA NATUREZA DE JESUS CRISTO.
Enquanto na terra, em seu ministério terreno, O Filho de Deus agia em dupla natureza: - humana e divina: Filho do homem e Filho de Deus. Ele era perfeito homem, e verdadeiro Deus. "... Sendo em forma de Deus. não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a Si mesmo. tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado de forma de homem, humilhou-se a Si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz" (Fl. 2:6-8). Isto é: Jesus Cristo aqui na terra, (embora tivesse agido como sendo Deus), mas sempre colocou-se na qualidade de Filho (ou servo). Quer dizer: "esvaziou-se" a si mesmo, qualificando-se como servo, sendo obediente até a morte, morte de cruz.
Dupla natureza não quer dizer duas pessoas. Quer dizer sim, que "Deus estava em cristo", Ele era Deus-homem: homem perfeito e Deus verdadeiro.
7.1 PERFEITO HOMEM: Nada menos que oitenta vezes nos Evangelhos, o Senhor Jesus se apresenta como o "Filho do homem". referindo-se a:
a) A semente de Abraão;
b) A semente de Davi
c) A linhagem de Davi e
d) A semente da mulher (Mt.2:11, Fl. 2:8, 1Tim 2:5).
Ele crescia em sabedoria (desenvolvimento humano normal): Trabalhava manualmente com seu emprestado pai terreno.
Ele tinha a aparência de um homem: (jo.4:9, Lc 24:18, Jo.20:15)
Ele sentiu todas as fraquezas dos homens, porém sem pecado: foi tentado de todas as maneiras, mas sem pecar (Hb 4:15). "... A minha alma está profundamente triste até a morte" (Mt. 26:38); teve fome (Mt. 4:2), Ele dormia (Mt. 8:24), ficou cansado da viagem (Jo. 4:6), Jesus chorou! (Jo.11:35), Jesus disse: "Tenho Sede! (Jo. 19:28). Como homem, Ele orava. Deus não precisa orar.
Como homem Ele era o Filho: Filiação denota começo, e também uma relação a tempo e lugar. Apenas quando Ele tornou-se um homem foi-lhe possível tornar-se o único Filho gerado (unigênito) (Jo. 3:16). Não um eterno Filho. nem um Filho criado, mas um Filho que foi concebido no seio da virgem Maria. Como um Filho Ele cresceu e desenvolveu-se e devia obediência ao Pai. Como Filho Ele sofreu todas as nossas enfermidades e fraquezas, e foi tentado de todas as formas.
Finalidades de Sua natureza humana e de Sua filiação:
a) Para que Ele pudesse tornar-se nosso redentor. A necessidade da expiação demandava que houvesse um sacrifício livre de pecado, oferecido em nosso beneficio. Apenas Deus poderia prover tal sacrifício (Hb. 2:14).
b) Para que Ele pudesse tornar-se nosso mediador. Ele conhece as nossas fraquezas, pois as sofreu no seu próprio corpo (Heb.4:15).
c) Para que Ele pudesse tornar-se nosso Rei. Para que houvesse um reinado, teria que existir um Rei. E Cristo tornou-se o grande Rei, ao derrotar todas as potestades e império, na Cruz. Hoje Ele reina em nossos corações, e breve voltará para estabelecer o seu reino literal sobre esta terra (Mat. 26:64, Ap.11:15-18). d) Para que Ele fosse o nosso Juiz (At. 17:31).
7.2 VERDADEIRO DEUS.
a) Ele era chamado Deus: "... E o verbo era Deus" (Jo. 1:1). "Mas acerca do Filho disse: O teu trono ó Deus é para todo o sempre” (Hb. 1:8).
b) Tomé exclamou: "Senhor meu e Deus meu" (Jo. 20:28).
c) Ele é "Deus bendito eternamente" (Rom 9:5);
d) Grande Deus e nosso Salvador (Tito 2:13);
e) O verdadeiro Deus e a vida Eterna (1Jo. 5:20).
f) Jesus Cristo Deus trabalhava, sim, como Criador.
g) Ele era a água e o Pão da Vida;
h) Transformou água em vinho (criou);
i) Multiplicou pães e peixes para saciar a fome das multidões que o seguiam;
j) Dominou o vento e o mar; andou sobre o mar como se estivesse em solo firme.
l) Deu vida aos mortos, deu vista aos cegos, limpou os leprosos, levantou coxos e paralíticos, perdoou pecados, e conhecia até os pensamentos dos homens, e o que havia dentro dos seus corações.
m) É o criador de todas as coisas, é a própria vida.
n) Venceu a morte, subiu triunfante à glória donde havia descido, e assentou-se a destra da majestade divina nas alturas, e sustenta todas as coisas pela Palavra do seu poder. É o Alfa e o Omega, o Princípio e o Fim, o Primeiro e o Último, o Todo-Poderoso, aquEle que era, e que É e que há de vir. Aleluia! Jesus Cristo É Deus. O único Deus revelado aos homens!
8. OS ATRIBUTOS DE DEUS VISTOS EM JESUS CRSITO
"Porque nEle habita corporalmente toda a plenitude da Divindade". (ou seja: no corpo de Cristo habitam todos os atributos de Deus).
Nesta declaração bíblica está implícita a deidade de Jesus Cristo que mesmo tendo-se esvaziado da sua condição de Deus, para realizar a obra de redenção, reteve os atributos de Deus e permaneceu Deus durante todo o seu ministério terreno. É a conclusão de Hb. 1:1-3: "Havendo Deus falado no Antigo Testamento muitas vezes e de muitas maneiras aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nesta nova Aliança pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem também fez o mundo. Sendo Ele (Jesus Cristo, o Filho) o resplendor da Sua glória, e a expressa imagem da Sua pessoa ("a expressão exata do seu Ser"), enquanto aqui, por Si mesmo fez a purificação dos nossos pecados, continuou sustentando todas as coisas pela palavra do Seu poder; venceu a morte, subiu triunfante e assentou-se a destra da divina Majestade nas Alturas" (parafraseado). Quer dizer que Cristo não abdicou do seu poder de Deus Criador, mesmo enquanto aqui esteve na forma de servo. "Nele estava em ação todos os atributos de Deus". E Ele exibiu a posse de todos os atributos conhecidos da deidade:
a) Santidade. Jesus Cristo pôde desafiar os fariseus: "Quem dentre vós me convence de pecado? (Jo. 8:46). E quando aproximava-se o tempo da sua morte, os principais dos sacerdotes, e os anciãos, e todo o conselho, buscavam falso testemunho contra Jesus, para poderem condenar-lhe a morte, e não o achavam, apesar de se apresentarem muitas falsas testemunhas (Mt. 26:59-60).
b) Justiça. Manifestou Jesus o atributo de Justiça? Sim e em diversas ocasiões. Logo nos lembramos do relato quando um excitado e indignado Salvador, com um acoite a mão, expurgando o templo de Deus dos vis e corruptos extorsionários que faziam do culto no templo uma negociata vil. Com sobrancelhas cerradas e olhos faiscantes, Ele trovejou a mais enérgica denuncia que ouvidos humanos podiam receber. Jesus Cristo era Justiça em direta operação, salvaguardando o santuário que ali se erguia para a santidade de Deus e a redenção de Seu povo. O profeta Jeremias profetizou a respeito do "Renovo Justo", numa alusão ao Reino do Messias, chamando-o "O SENHOR JUSTICA NOSSA". (Jer. 23:5).
c) Misericórdia. Ilustração clássica de como Jesus manifestou o atributo de Misericórdia é a história da mulher apanhada em adultério: Quando os severos e duros guardiões da lei exigiram que ela fosse apedrejada, defendeu-a Jesus com esta implícita contra-acusação: "... Aquele que dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar a pedra contra ela". Quando os acusadores intimamente culpados, afastaram-se um a um, voltou-se Jesus para a mulher e disse-lhe: mulher onde estão os teus acusadores? Ninguém te condenou? humilhada e envergonhada diante da Sua santidade, ela respondeu: Ninguém Senhor. Envilecida como era, estava cônscia, que diante do Santo, somente lhe restava a condenação. Mas, porque Deus é misericórdia (e ali estava Jesus Cristo, Deus Humanizado), disse Ele a mulher: "Nem eu te condeno; vai-te e não peques mais" (Jo. 8:1-11).
d) AMOR. Jesus Cristo é o próprio Amor de Deus revelado (Jo.3:16)
e) FIDELIDADE (Verdade). Jesus Cristo mesmo declara: Eu sou a Verdade. Todas as Suas obras foram feitas em verdade; e Ele esteve cheio de graça e de verdade (Jo. 1:14,17, 5:33, 8:40, 14:6). Ele é chamado Verdadeiro (fiel) (Mt. 22:16, Mc. 12:14, 1Jo. 5:20, Ap. 3:17 e 19:11).
f) ONIPOTÊNCIA Jesus Cristo demonstrou todo poder sobre a natureza, sobre as enfermidades, sobre os demônios, sobre o pecado, e sobre a morte; e finalmente declara: " Todo o poder me é dado, no céu e na terra " (Mt. 28:18).
g) ONISCIÊNCIA. Jesus Cristo demonstrou onisciência (saber tudo) até sobre o que havia nos corações dos homens (Jo 2:24-25; 16:30) Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Cl. 2:3).
h) ONIPRESENCA. Ele disse a Nicodemos: Ninguém subiu ao céu, senão o Filho do homem que está nos céus; e após ressuscitado, Ele exclama: "Eis que estou convosco, todos os dias, até a consumação dos séculos". (Mt. 28:20).
i) LUZ. Ele declara: "Eu sou a Luz do mundo, quem me segue não andará em trevas, mas terá a Luz da Vida".
j) VIDA. Ele afirma: "Eu sou a ressurreição e a Vida", "Eu sou o caminho, a verdade e a Vida"
9. O NOME DE JESUS CRISTO é o nome acima de todo nome (Fl. 2:9).
"Pelo que Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome: para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo É o Senhor. para glória de Deus Pai". (Col. 2:9-11).
a) Salvação há somente no nome de Jesus Cristo:
"E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há. dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos" (At. 4:10-12, Mt. 1:21).
b) Perdão dos pecados somente nos é concedido no nome de Jesus Cristo: "... E em Seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém" (Lc. 24:47). "A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo Seu Nome"(At. 10:43). "Filhinhos, escrevo-vos, porque pelo seu nome vos são perdoados os pecados" (1Jo. 2:12).
c) É no nome de Jesus que podemos realizar as suas obras: Pregar o Evangelho; expulsar os demônios, curar os enfermos (Mc 16:15-18, Luc.10:17, At. 3:6,16. 4:10).
d) Orações são atendidas no nome de Jesus Cristo. (Jo. 14:14, 16:23-26).
e) Bênção e proteção no nome de Jesus Cristo. (Pv. 18:10, Mal. 3:16)
f) Batismo nas águas é no nome de Jesus Cristo. (At. 2:38, 8:12-16, 10:48, 19:5, 22:16 e refs.)
g) O Espírito Santo nos é dado no nome de Jesus Cristo: "Em meu Nome falarão novas línguas" (Mc. 16:17);
"... O Consolador, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome". (Jo. 14:26).
h) Jesus Cristo é o nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo: "Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”. (Mt. 28:19-20).
Jesus não disse aos apóstolos que repetissem as palavras (títulos) Pai, Filho e Espírito Santo no batismo, mas que deveriam batizar usando o nome (no singular) daquEle que É o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Pai, Filho e Espírito Santo, são títulos de um Ser (uma pessoa), que tem um nome a saber:
J E S U S C R I S T O
Títulos: Pai (criador de todas as coisas); Filho (Salvador e Redentor); Espírito Santo (Consolador e Guia da Igreja). Nome: JESUS CRISTO .
Portanto, Pedro atendeu plenamente à ordem dada pelo Senhor Jesus, registrada por Mateus (28:19). É importante destacar que, quando da realização do primeiro batismo (At.2:38 e todos os outros, em todo o período apostólico). O Livro de Mateus não havia sido ainda escrito, vindo a ser, por volta do ano 63 A.D.
Mateus também compreendeu a "ordem" do Senhor Jesus, tanto que não se opôs a Pedro, quando este disse: "Arrependei-vos, cada um de vós e seja batizado em “NOME DE JESUS CRISTO”, para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo".
Jesus Cristo - Deus Revelado
Todo estudante da Bíblia, ou melhor dizendo: todo crente, conhece esta pergunta que cristo fez aos seus discípulos, como bem a famosa resposta dada por Pedro: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo", a qual concluiu o Senhor Jesus: Não foi a carne e o sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus.
Que Jesus Cristo sabia que era o Filho de Deus, não há dúvidas; além da natureza divina que possuía, desde o ventre materno, Ele mesmo tinha ouvido a voz céu, por ocasião do seu batismo: "... Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo"(Mat. 3:17); Ele mesmo já havia afirmado em várias ocasiões ser o Cristo, o Filho de Deus. fazia-se porém necessário ouvir dos seus discípulos, que seriam os seus mensageiros, se tinham certeza de quem estavam seguindo. Certamente, não teria mais importante resposta a ser ouvida por Cristo, naquele ponto do seu ministério terreno, do que a confirmação por seus seguidores, de que Ele era o Cristo, o Filho de Deus. Afinal, para isso Ele veio, como o "Enviado de Deus" para salvar o mundo. Ele tinha certeza do seu ministério; Ele não estava ali por acaso, nem tampouco alheio ao que lhe sucederia.
Mas, ouçamos novamente a pergunta do Senhor: "E vós quem dizeis que Eu Sou?"
Vejamos o que disse o anjo, quando do anúncio do Seu nascimento; "Ela dará a luz um filho, e será o seu nome JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. ...e Ele será chamado pelo nome de EMANUEL, que quer dizer; DEUS CONOSCO, (Mat.1:21-23) Aqui o anjo está dizendo que o menino que iria nascer, o Filho de Deus, é "Deus Conosco".
Ouçamos as Suas Próprias palavras, identificando-se como Deus, e não apenas como o Filho de Deus: "...Quando levantardes o Filho do homem, então conhecereis quem EU SOU;". Nesse longo sermão do capitulo 8 de S. João, onde Cristo expõe aos judeus a sua missão, Ele se identifica como a Luz e a Vida; se identifica como o Filho de Deus, enviado e se identifica como o EU SOU, que existe antes que Abraão existisse. Foi por causa desta revelação que os judeus apanharam pedras para lhe apedrejarem, porque para os judeus, a maior blasfêmia era alguém fazer-se igual a Deus. Jesus foi muito além para eles. Ele disse ser exatamente o "EU SOU", que falou a Moisés na sarça ardente; O eterno, o que existe por Si mesmo. Será que Ele estava enganado? Oucamos-Lo em outro discurso, onde Ele declara ser "O Bom Pastor", "A Vida", novamente declara ser o Cristo, e por fim diz: "EU E O PAI SOMOS UM" (Jo. 10:1-30). Encontramos as mais firmes declarações dos lábios do Senhor Jesus, sobre a sua divindade, no longo do sermão, dirigido especialmente aos discípulos, iniciando-se após ter-lhes lavado os pés (Jo. cap. 13 e 14). No cap. 13:13, Ele declara: "Vós me chamais Mestre e Senhor ("Adonay"), e dizeis bem, porque EU O SOU. Mais a frente do discurso, quando Filipe pediu-lhe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isto nos basta, o Senhor lhe disse: "Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tendes conhecido? Quem vê a mim, vê o Pai; como dizes tu, mostra-nos o Pai? Não crês que eu estou no Pai, e o Pai está em mim? (14:8-10); e diz mais "Tudo o que pedirdes em meu nome (em nome de Jesus), isso farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma cousa, em meu nome, eu o farei”. (vs.13,14).
Pois bem, continua a pergunta do Senhor, para nós cristãos, hoje: ... E vós quem dizeis que Eu Sou?.
Ao ouvirmos as afirmações da sua Palavra, só teremos a dizer com o apóstolo João: "Tu És o verdadeiro Deus e a Vida Eterna" (1Jo.5:20) "Tu És o Verbo (a Palavra) de Deus, que se fez carne, e habitou entre nós"(Jo. 1:1-3, 14); Tu És o Alfa e o Omega; És o Senhor Deus - aquele que É, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso (Ap. 1:8); ou diremos com o profeta Isaías: "Tu És o Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz" (Is. 9:6); Tu És DEUS-CONOSCO (Emanuel) (7:14).
2. Verdadeiramente, Jesus Cristo é Deus, manifestado em corpo humano.
A maioria dos cristãos reconhecem que Jesus Cristo É Deus; porém, o reconhecem como "Deus Filho", fazendo assim uma diferença entre Ele e "Deus Pai". A interpretação geral, é que o Filho estava, na eternidade, ao lado do Pai, até que chegou o tempo de salvar o mundo, quando aqui desceu, fazendo-se nascer da virgem, vivendo neste mundo até consumar a obra de redenção, retornando ao céu, para ali estar novamente "ao lado do Pai".
Jesus Cristo não é outro Deus, ou um Deus menor ao lado de Deus. A conclusão das afirmações bíblicas, é que:
A bíblia Sagrada ensina-nos que Deus não conhece outro Deus; é o eterno Deus quem declara: "antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá"(Is. 43:10b); "Eu Sou o Primeiro, e Eu Sou o Último, e fora de mim não há Deus; Há outro Deus além de mim? Não, não há outra Rocha que Eu conheça" (44:6-8), "Eu Sou o Senhor, e não há outro: fora de mim não há Deus" (45:5,6,14,18,21,22; 46:9). Ainda Ele declara que: Ele É o Salvador, e que não há outro, (43:11, 45:21-22, 49:26, 60:16, Os. 13:4, Sal. 106,21). Somente na pequena Epístola de Tito encontramos 6 (seis) vezes a expressão "nosso Salvador", sendo três vezes atribuídas a Deus (Pai), e três vezes ao Senhor Jesus Cristo.
Observamos nestas citações, que o Eterno Deus declara: não haver outro Deus, não haver outro Senhor, e não haver outro Salvador. Se Jesus Cristo declara ser Deus, Senhor e Salvador, então e porque Ele e Deus manifestado em corpo humano.
3. JESUS CRISTO é A FORMA VISIVEL DE DEUS.
Deus jamais foi (nem poderia ser) visto por alguém; "Disse
Deus a Moisés: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá"(Ex.33:20). Os Santos patriarcas, profetas e videntes jamais declararam ter visto Deus (em sua forma visível); declaram, sim ter visto a Glória de Deus (Ex.16:10, 24:9-18, 33:18, Lev.9:23, 1Re. 8:11, 2Cron. 5:14, Deut. 5:24), Outra forma como esses santos homens declaram ter visto a Deus, foi através de um anjo: "theofania" (Gen 17:1-22, 18:1-16, 32:22-30, Jz. 6:11-12, 13:3,9,13,15-23) e outras refs. bíblicas; ou em visão, como é o caso do profeta Isaías (6:1-5). Porém, ao lermos o contexto, compreenderemos que o profeta viu a semelhança da glória de Deus, o que também é descrito pelo profeta Ezequiel (1:28).
4. DEUS É VISTO EM SUA FORMA VISIVEL
João Batista, enunciando o Cristo, diz: "Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, O fez conhecido" (João 1:18 - Almeida ERC).
É lamentável, que nas traduções modernas da bíblia, este versículo tenha sido torcido, de maneira absurda. Eis as novas versões:
1) "Ninguém jamais viu a Deus. O Deus unigênito que está no seio do Pai, e quem O revelou" (Atualizada)
2) "Ninguém nunca viu a Deus. Mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é o que O revelou" (Contemporânea)
3) "Ninguém jamais viu a Deus. O Filho Único, Deus, que está voltado para o Pai, o revelou" (Ed. Católica, Loyola).
Como podemos observar, nas citações das versões Atualizada e Contemporânea, Jesus Cristo não é o Filho Unigênito, mas Deus Unigênito. É impossível conciliar-mos a idéia de Deus nascido, porque Deus é eterno. Existe por si mesmo. Quem nasceu foi o Filho. O Filho não existia em forma e sim em propósito, na mente de Deus. Portanto nestas citadas versões da Bíblia Sagrada, está clara a idéia de apresentar o Senhor Jesus, como um Deus segundo, um Deus menor. Por essa tendência, vemos que é propósito desses tradutores dividir o eterno e único Deus em dois, três, ou quantos vierem a imaginar, ou reduzir o Senhor Jesus em um ser inferior, ou ainda tentar concretizar a idéia da filiação eterna (O Filho Eterno, tema que estudaremos ainda neste capítulo).
É importante sabermos que, em todas as versões conservadoras, o referido texto aparece igual ao da Edição Revista e Corrigida (Ed. católica Ave Maria; Versão em Espanhol de Cipriano de Valera; Versão em inglês do rei Jaime e outras).
Os Santos do Novo Testamento declararam ter visto o Senhor Jesus glorificado, no céu, à destra da majestade divina: JESUS CRISTO, a imagem do Deus invisível. O apóstolo Paulo viu uma luz de esplendor insuportável à vista humana, que o derribou por terra, e ouviu uma voz, em meio ao resplendor, a qual clamou: "Quem és, Senhor (Jehovah)? E o Senhor lhe respondeu: "Eu Sou Jesus, a quem tu persegues", (At. 9:5). Estevão, nos momentos que antecediam o seu martírio, "...cheio do Espirito Santo, fitou os olhos ao céu e viu a glória de Deus, e Jesus que estava a sua direita, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem em pé a destra de Deus". E apedrejavam a Estevão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito.(At.7:55,56,59). Aqui lemos que Estevão viu a GLÓRIA de Deus, e que o Senhor Jesus estava a destra de Deus. Sendo Deus, Espírito, sem aparência corpórea visível, o que significa "a direita (ou Destra) de Deus? Observaremos nas Escrituras citadas, que "Destra" ou "Direita" de Deus, representam o Seu poder, ou a Sua majestade: " tua destra, ó Senhor, é gloriosa em poder: a tua destra despedaça o inimigo" (Ex. 15:6), "A destra do Senhor faz as proezas" (Sal. 118:15,16), Até ali a tua mão guiará e a tua destra me salvará. (Sal 139:10), Não temas, porque eu sou contigo, não te assombres, porque eu sou teu Deus: Eu te esforço e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça. (Is.41:10), "De fato, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se a destra de Deus" (Mc.16:19, At. 2:33), "Ele é o resplendor da glória de Deus, e a expressa imagem da sua pessoa (a expressa imagem do seu Ser), sustentado todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se a destra da majestade nas alturas" (Heb.1:3), e pode assim dizer: "Todo o poder me é dado no céu e na terra! (Mat. 28:18).
O apóstolo João viu o cristo glorificado (Ap. 1:8, 17), que lhe informou ser o Primeiro e o Último, o Alfa e o Omega, o Princípio e o Fim, aquele que É e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso (v.8); ele viu o trono da majestade divina (Cap.4) viu os quatro seres viventes sobre os quais se assenta a glória de Deus, viu os vinte e quatro anciãos, viu ainda o Leão da tribo de Judá, que ao mesmo tempo é o cordeiro que foi morto, e que é digno de receber riquezas, sabedoria, honra e glória e ações de graças (Cap.5), e por fim, ele viu o grande Trono Branco, e nele assentado UM, de cuja presença fugiu a terra e o céu (20:11).
O Apóstolo Paulo afirma que Jesus Cristo é a forma visível do Deus invisível (Fil. 2:6, Col. 1:15). E o Senhor Jesus mesmo declara: " Quem me vê a mim vê o Pai." (Jo. 14:9).
O Nome de Deus Revela o Seu Caráter
Os nomes de Deus, mais comuns encontrados nas escrituras são os seguintes (nomes e títulos):
1.1 ELOHIM (Deus) é forma plural, e significa "O Deus Todo-Poderoso". Este nome era também usado para os deuses das nações, da mesma forma como hoje todo o mundo diz crer em Deus, fala de Deus, sem contudo conhecer quem é Deus. Por ser "Elohim" uma forma plural, os defensores do trinitarismo ensinam que neste nome estão implícitas, as três pessoas da Santíssima Trindade. Este argumento porém, não encontra apoio nas escrituras, nem tampouco dos eruditos em idiomas. Segundo o Dicionário da Bíblia de Smith (em inglês), "a forma plural de Elohim significa "plural de majestade", e indica a "totalidade da força divina, a soma dos poderes enfeixados em Deus". Se Elohim significasse uma trindade de pessoas na divindade, os judeus não teriam apanhado pedras para as atirarem em Jesus, quando ele declarou: "se não crerdes que EU SOU, morrereis nos vossos pecados" (Jo. 8:24), porque eles compreenderam exatamente que Jesus estava se identificando como o EU SOU, que falou a Moisés, na sarça ardente. Se eles cressem que existia uma trindade de pessoas na divindade, não teriam se enfurecido contra Ele, pois teriam compreendido que ali estava a "segunda pessoa".
1.2 JEHOVAH‚ (Senhor), Elohim, o Deus-Criador não permanece alheio às suas criaturas. Observando Deus a necessidade entre os homens, desceu para ajudá-los e salvá-los» ao assumir esta relação, Ele revela-se a Si mesmo como "JEHOVAH, O DEUS DA ALIANÇA". O nome "JEHOVAH" tem sua origem no verbo "SER", e inclui os três tempos deste verbo: passado, presente e futuro. O nome "JEHOVAH", portanto, significa: "aquEle que É, que era e que há de ser", em outras palavras, o Eterno: O que É por si mesmo - o "EU SOU" (Ex. 3:14).
Por este nome maravilhoso, o Senhor Jesus se identifica à Sua Igreja (Ap 1:8), onde Ele apresenta-se dizendo: ... EU SOU O ALFA E OMEGA, DIZ O SENHOR, AQUELE QUE É, QUE ERA E QUE HÁ DE VIR, O TODO PODEROSO". Visto que Jeovah é o Deus que se revela a Si mesmo ao homem, o nome também significa: "Eu me manifestei, me manifesto, e ainda me manifestarei.
O nome "JEHOVAH" surgiu de uma adaptação do nome impronunciável de DEUS, o "temível" Nome do Senhor. O nome compunha-se de quatro letras (consoantes), "Y H V H". Tão temível era para os judeus esse nome que, ao copiarem a lei, ou transcreverem um outro trecho das Sagradas Escrituras, onde aparecia o sublime Nome de DEUS, o escriba fazia uma pausa e reverenciava a Deus. Há um ensino sobre a palavra "SELAH" que aparece setenta e uma vezes nos Salmos, e também no Livro de Habacuque, de que essa palavra significava a pausa em reverencia feita pelos escribas ao escreverem o Nome "Y H V H ". Era costume entre os Hebreus, quando o iam, pronunciar em substituição, "ADONAY" (Senhor), ou "ELOHIM" = Deus.
Desde o tempo em que os sinais massoréticos vieram ajuntar-se às consoantes do texto hebraico, as vogais dos nomes Adonai e Elohim foram ajuntadas ao tetragrama "YHVH", dando lugar à pronuncia do nome "JEHOVAH" (originalmente YEHOVAH, OU "YAHVEH"). O Nome "JEHOVAH"‚ foi traduzido para o grego, como "SENHOR", correspondente a "Adonay", pelo qual chamamos o "Nosso Senhor Jesus Cristo".
"JAH"‚ é abreviatura do nome "Jeovah", aparece no Salmo 68:4, correspondente ao "EU SOU O QUE SOU" de Ex. 3:14.
1.3 EL‚ (Deus), é usado em certas combinações: "EL-ELYOM" (Gen. 14:18-20), "O Deus Altíssimo", o Deus que é exaltado sobre tudo o que se chama deus ou deuses. "EL-SHADDAI", o DEUS que é suficiente para as necessidades do seu povo (Ex.16:13). "EL-OLAM, O eterno Deus (Gen. 21:33).
1.4 "ADONAY", significa literalmente "Senhor" ou "Mestre" e dá idéia de governo e domínio (Ex.23:1· Is.10:16,33). Por causa do que Deus É e do que tem feito, Ele exige o serviço e lealdade do seu povo. Este é o nome pelo qual Cristo identificou-se aos seus discípulos ainda no corpo humano: - "vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque Eu O Sou! (Jo.13:13).
1.5 PAI, Este titulo emprega-se tanto no VT como no Novo e em significado mais amplo o nome descreve a Deus como sendo a Fonte de todas as coisas e Criador do Homem: de maneira que, no sentido criativo, todos podem considerar-se geração de Deus (At.17:28). Todavia, está relação não garante a salvação. Somente os "regenerados" pelo Espírito Santo, aqueles que foram "vivificados" (receberam nova vida), os que creram no Nome de Jesus Cristo, esses são "Filhos de Deus" no sentido da salvação (Jo. 1:12;13).
1.6 FILHO, Por este título Deus revelou-se aos homens, para os salvar e os restaurar da sua vã maneira de viver. Deus estava em Cristo, reconciliando o mundo consigo mesmo (2Cor.5:19). E no filho, Deus revelou aos homens o seu "NOME SALVADOR" (João 17:6,12). Jesus Cristo declara nos versos acima: "Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste (v.6), e: "Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome que me deste..." (v.12).
1.7 ESPÍRITO SANTO‚ (Deus em "emanação"). Por este título Deus manifesta-se ao seu povo, exalando o seu poder para dentro das nossas vidas. É o Espírito eterno que falou aos santos profetas, que estava com Jesus enquanto realizava o seu ministério terreno, e foi-nos enviado para estar conosco como "penhor" da nossa herança, até que Jesus Cristo volte para arrebatar a sua Igreja.
Todos estes nomes e títulos de Deus, aqui relacionados, não quer dizer que um deles, ou todos, encerrem o nome de Deus. Cada um desses nomes é uma forma do Eterno identificar-se com o seu povo, através das suas obras. O Deus que opera a favor do seu povo, acha expressão nos seus nomes, e ao experimentar o povo a sua graça, desse povo então se pode dizer: conhecem o seu NOME.
A relação entre Jeovah e Israel resume-se no uso dos nomes encontrados nos concertos entre Jeovah e seu povo, dai surgirem os nomes compostos:
2. NOMES COMPOSTOS:
2.1 Aqueles que se sentem desamparados, aprendem que ele É: "JEOVAH-JIREH" - O Senhor proverá (Gen.22:14).
2.2 Aos que jazem em leitos de doenças, manifesta-se como: "JEOVAH-RAFA" - Eu Sou o Senhor que te sara (Ex.15:26).
2.3 Os oprimidos pelo inimigo, necessitam socorro, e invocam: "JEOVAH-NISSI"‚ O Senhor nossa bandeira (Ex.15:26 Is.59:19)
2.5 Os peregrinos na terra sentem necessidade e invocam a: "JEOVAH-RAAH" - O Senhor é o meu pastor (Sal.23, Jo. 10);
2.6 Os que se sentem sob condenação, e necessitam de justiça, esperançosamente se refugiam em: "JEOVAH-TSIDKENU"‚ - O Senhor é a nossa justiça (Jr. 23:5, Rom.5:1 etc..)
2.7 E quando o Reino de Deus se houver concretizado na terra, Ele será conhecido de todos como: "JEOVAH-SHAMMAH" - O Senhor está ali. (Ez. 48:35).
3. O NOME DE DEUS REVELADO EM JESUS CRISTO.
Ainda que o senhor tenha sido conhecido do seu povo, por tantos nomes e títulos gloriosos, o seu nome permaneceu em segredo em todo o antigo testamento.
Abraão, Isaque e Jacó o reconheceram como sendo "ADONAY" (Senhor) ou "ELOHIM"(DEUS).
Moisés ao perguntar-lhe "qual é o teu nome? O Senhor lhe respondeu: "EU SOU O QUE SOU" (Ex.3:14) e disse mais "Vai e diz ao povo de Israel", "Adonay, o Elohim de vossos pais me enviou a vós". Ele se identificou apenas como "Senhor" e Deus. Manoá Pai de Sansão perguntou ao anjo do Senhor: Qual é o teu nome? e o anjo lhe respondeu: "Porque perguntas pelo meu nome visto que é maravilhoso?" (Jz.13:17).
O Sábio pergunta "Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos nos seus punhos? Quem amarrou as águas na sua roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades da terra? Qual é o seu nome, e qual é o nome de seu Filho, se é que o sabes”? (Pv.30:4).
O Senhor mesmo nos dá as respostas às perguntas, na sua palavra:
a) O Senhor Jesus, falando a Nicodemos diz: ..."Ninguém subiu ao céu, senão o que de lá desceu: o Filho do homem, que está no céu” (Jo. 3:13). Nesta resposta, Jesus está identificando-se como Deus onipresente,. Ele que pode estar no céu e na terra, ao mesmo tempo.
b) Jesus Cristo exerceu autoridade sobre os ventos e as águas (Mc.4:37-41; Mt.8:23-27; Lc.8:22-25);
c) João 1:3 declara: " Todas as coisas foram feitas por ele JESUS, e sem ele, nada do que foi feito se fez.
d) Isaías 52:6 "Portanto o meu povo saberá o meu nome, por esta causa, naquele dia: porque eu mesmo sou o que digo: "Eis-me aqui" Quando? Isaías 7:14 ..."Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e será o seu nome "EMANUEL" (que traduzido É DEUS CONOSCO, cumpriu-se em Mt. 1:21,23). Is. 9:6 - Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o
principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será: MARAVILHOSO, CONSELHEIRO, DEUS FORTE, PAI DA ETERNIDADE, PRINCIPE DA PAZ".
Quem é este menino? Qual é o seu nome? (Mt.1:21; Lc. 1:31). Jesus Cristo declara ter revelado O NOME DE DEUS aos seus discípulos. Qual o nome que ele revelou? Não há outro nome revelado por Ele, a não ser o seu próprio nome "JESUS".
JESUS É O NOME DE DEUS, revelado para a redenção do homem. Ele declara: Eu vim em nome de meu Pai (Jo.5:43). É importante lembrar que o nome de "JEHOVAH" era impronunciável pelos judeus, devido à sua forma consonantal "YHVH". Este nome aparece no A.T. 6.823 vezes; mais do que o dobro de todos os outros nomes, tendo sido considerado como nome inexprimível, embora os judeus o tenham abreviado para a forma "JAH" (YAH), incorporando-o nos seus nomes pessoais, como por ex.: "Eliyah, Isayah, Neemyah, Jeremyah, etc. Este é o nome que somos mandados a temer (Dt.28:58) Traduzido como " O SENHOR". Este é o nome usado por Deus em todo o capitulo 23 de Jeremias. Onde Ele ameaça os profetas mentirosos, e este foi o Nome que o povo "esquecido" confessou quando deixou de seguir a Baal (Jr.23:27 1Reis 18:39). Foi neste Nome que Deus fez aliança com Moisés e os filhos de Israel, e foi portanto, o nome que estava no Anjo do Concerto (Ex.23:21), que é. sem dúvida, O SENHOR JESUS CRISTO. (confira Mal.3:1» 10:9). O mesmo é subtendido no salmo 2:12, Beijai o Filho, para que não se irrite, e não pereçais no caminho. Deus requer que conheçamos o Seu Nome, e que O relembremos. O Seu nome É excelso não O esqueçamos! Devemos temê-lo. O seu Nome está no seu Filho".
Séculos mais tarde, quando Deus desejou revelar-se a Si mesmo, não somente a uma raça, mas a "todo o mundo", quando Ele desejou proclamar por intermédio de um SUPREMO NOME‚ tanto a exaltada posição pessoal de mediador do "Novo e Melhor Concerto", como a sua condescendência para com o homem, Ele o fez por intermédio deste glorioso Nome - JESUS - que quer dizer: "JEHOVAH O SALVADOR".
"JESUS" é a forma grega do hebreu "YAHAOSHEA" (ou YEHOSHUA)‚ correspondente a Oséias ou Josué (Jeovah, o Salvador).
O Nome de JESUS, no grego "IHSOYS" encontra o valor numérico igual a 888, sendo 8 o número da nova criação (IHSOYS=10+8+200+70+400+200). Este número está relacionado à nossa redenção. (Os que foram salvos do dilúvio), e vem relacionar-se também à ressurreição do Senhor no oitavo dia (ou o primeiro após sétimo), e à nova terra. ( 8° Dispensação).
Conhecendo a Unicidade de Deus (2)
A Unicidade é a convicção de que Deus Supremo é Uno, Único, Ímpar e Eterno... e que Ele é o Criador deste Universo e ninguém se Lhe associa - isto é, não tem parceiro, nem outro igual, como não tem pai, nem mãe, nem esposa - pois Ele é a procedência da criação, a razão das dores e a motivação dos princípios, como é, a Ele se aplicam as magníficas qualidades e os atributos mais sublimes, porque Ele é o Sapientíssimo, o Prudentíssimo, o Todo-Poderoso e o Imortal... Ele é o Misericordioso, o Eqüitativo, o Generosíssimo, o Influente, o Grande e o Altíssimo! Em Suas mãos está o bem e tudo Ele pode... Ele é o Único e é o Supremo que cria e dispõe, faz viver e faz morrer e destina os mortos às moradas merecidas... e ninguém possui a capacidade de efetivar as Suas realizações ou se associar às Suas decisões - e não existe divindade além d'Ele - e a evidência disto, é o que nos rodeia em pistas e vestígios sobre a Sua Magnitude, e minuciosidade de Sua constituição universal. Aliás, tudo que existe no Universo, lembra Deus Supremo Glorificado! Enfim, se o ser humano olhar para sí mesmo, já lhe bastaria crer na Unicidade de Deus!
Se passarmos a meditar sobre a imensidão do Universo, verificaremos que tudo que há nele são os próprios vestígios de Deus, porque se houvesse outra divindade além de Deus Supremo, teríamos sem dúvida, outros rastros (Is. 42:8; 43:10; 44:6, 8; 45:5, 18, 21; 46:9 e refs.).
A Diferença entre Unicistas e Unitaristas
Os Unicistas pregam Deus Único, revelado ao mundo no corpo humano de Jesus Cristo – e é o que a Bíblia Sagrada nos ensina:
1) “No princípio era o Verbo (a Palavra), e a o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele (o Verbo), e sem Ele nada do que foi feito se fez. E o Verbo (a Palavra) se fez carne, e habitou entre nós...” (João 1:1, 3, 14);
2) “Eu e o Pai somos UM” (João 10:30).
3) “Quem me vê a mim vê o Pai” (João 14:6-10).
4) “Ora, a vida eterna é: que conheçam a Ti, o Único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo (isto é, que O reconheçam em Jesus Cristo) a quem enviaste” (João 17:3)
5) “Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo” (2Co. 5:19).
6) “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus (ou sendo a forma visível de Deus), não teve por usurpação (não gloriou-se) ser igual a Deus...” Fl. 2:5-11).
7) “Eis que um menino nos nasceu, um Filho se nos deu; o principado (o governo) está sobre os seus ombros, e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da eternidade, Príncipe da Paz” (Is. 9:6)
8) “Eis que o mesmo Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e o seu nome será Emanuel – Deus conosco” (Is. 7:14).
Enquanto que os Unitaristas (Miguel Servet, Século XVI), argumentam que o unitarismo teria seu início com o próprio Jesus, que, defendem, tinha consciência de ser simplesmente um homem enviado de Deus ao Mundo para transmitir Sua vontade, sem, todavia, ser divino, nem compartilhando da natureza do Pai. Tais ensinamentos tendem a um cristianismo judaizado, pois assim entendem até hoje os judeus, que Jesus Cristo foi simplesmente um Profeta.
Miguel Servet e as primeiras igrejas unitárias
Ao iniciar-se a Reforma Protestante no século XVI, numerosos intelectuais começaram a publicar seus próprios pontos de vista acerca da doutrina cristã, sem esperar o beneplácito de Roma, dentro do espírito protestante de livre exame da Bíblia. Um destes foi Miguel Servet, médico e teólogo espanhol. Em seus livros De Trinitatis Erroribus (1531), Dialogorum de Trinitate (1532) e Christianismi Restitutio' (1553), questionou a base bíblica e racional da doutrina trinitária. Suas opiniões heterodoxas e sua liberdade de espírito, fizeram-no ser perseguido como herege pela Inquisição. Em Genebra foi preso pelos seguidores de Calvino e condenado a morrer na fogueira por negar a Trindade e condenar o batismo infantil (27 de outubro de 1553);
Servet influenciou vários de seus contemporâneos. O estudioso lituano Piotr de Goniadz admitiu a validade de seus argumentos e convenceu uma parte da nascente Igreja Calvinista da Polônia, que formou a chamada Igreja Reformada Menor, mais conhecida como Irmãos Poloneses sobre os postulador antitrinitários. De outra parte, o reformado liberal Sebastião Castellio reprovou duramente Calvino sua intolerância e seus fanatismo e proclamou a liberdade de consciência em assuntos de fé, um princípio que logo foi postulado pela tradição Unitária.
Alguns anos depois, o reformador humanista italiano Fauto Sozzini (1539-1604) desenvolveu sua própria obra teológica, marcada pelo antitrinitarianismo e o uso da racionalidade. Para Sozzini, a religião evocava questões que estavam "além da razão" (contra rationem), pelo que os credos deviam concordar com a razão humana. Sozzini encontrou refúgio na Polônia, onde foi recebido pelos Irmãos Poloneses, onde nunca chegou a ser membro oficial do grupo, por negar-se a ser batizado de novo. Na cidade de Rakow, próximo à Cracóvia, os Irmãos Poloneses desenvolveram um grande centro de estudos que atraiu numerosos eruditos e intelectuais de diferentes países.
Em 1605, um ano depois da morte de Sozzini, os sozzinianos da Igreja Menor publicaram o Catecismo Racoviano, resumo das doutrinas de seus mestre e que teve uma grande influência nos anos posteriores na Alemanha, nos Países Baixos e na Inglaterra. A Igreja Reformada Menor desapareceu em 1640 pela crescente intolerância na Polônia em decorrência do início da Contra-Reforma.
Entretanto, o reformado húngaro Ferenc Dávid havia abandonado o Calvinismo para pregar o Cristianismo Unitário na Transilvânia (região que atualmente se encontra na Romênia), influenciado pelo médico italiano Giorgio Blandrata, seguidor das idéias de Servet. O rei João Sigmundo da Transilvânia aceitou o unitarismo e ditou o primeiro Edito de Tolerância religiosa da história moderna da Europa, em 1568, para permitir a livre prática religiosa em seu país, incluindo o Catolicismo. Este status especial perdurou, com dificuldades por conta da invasão da Transilvânia pela Áustria no século XVIII e o domínio mais ou menos efetivo do Império Austro-Húngaro e, posteriormente...
Dado que a palavra e o conceito de Trindade, tal como se entende no sentido cristão, não constam no Novo Testamento, os unitários argumentam que o unitarismo teria seu início com o próprio Jesus, que, defendem, tinha consciência de ser simplesmente um homem enviado de Deus ao Mundo para transmitir Sua vontate, sem, todavia, ser divino, nem compartilhando da natureza do Pai. Ao longo dos três primeiros séculos do cristianismo aparecem diversos autores que afirmam a natureza "mais que humana" de Cristo e atribuem-lhe um caráter divino, ou semidivino, como filho de Deus. Os subordinacionistas afirmavam que o Filho estava subordinado ao Pai e submetido a sua vontade, enquanto que outros pensadores cristãos começavam a trabalhar com a idéia do caráter divino de Jesus Cristo e sua identificação com a Divindade. Em outro extremo se situavam os que identificavam totalmente o Pai ao Filho, entendendo que o Pai também havia sofrido e morto na cruz (patripassianismo) e que Pai, Filho e Espírito Santo, não eram mais que modalidades ou manifestações de uma única realidade divina (Sabelianismo ou modalismo). O primeiro a utilizar a palavra "Trindade" foi Tertuliano
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