domingo, 12 de abril de 2009

MENSAGEM PARA HOJE



A Mensagem do Evangelho para o seculo XXI



CRISTIANISMO NÃO-DENOMINACIONAL
"A BASE ÚNICA DA UNIÃO"



O Espírito Santo, em Seu ensino no Novo
Testamento, solicita que o povo de Deus tenha
um só coração e uma só alma. Quem não
reconhece que as divisões entre os crentes em
Cristo são pecaminosas e destrutivas para o
cristianismo verdadeiro está ignorando um dos
ensinamentos bíblicos mais evidentes. “Oh!
Como é bom e agradável viverem unidos os
irmãos!” (Salmos 133:1).
Jesus orou ao Pai, dizendo:
Não rogo somente por estes, mas também por
aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio
da sua palavra; a fim de que todos sejam
um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti,
também sejam eles em nós; para que o mundo
creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido
a glória que me tens dado, para que sejam
um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim,
a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade,
para que o mundo conheça que tu me enviaste...
(João 17:20–23).
Essa oração do Salvador para que todos os crentes
do mundo sejam um, assim como o Pai e o Filho
são um, deveria ser suficiente para converter
todos os verdadeiros amantes de Cristo à doutrina
da unicidade do povo de Cristo. O fato de
Jesus ter orado exatamente por isso no Seu
momento de maior preocupação deveria evidenciar
a importância dessa doutrina a todo
discípulo; na verdade, deveria influenciar totalmente
cada coração. Isto é especialmente
verdadeiro quando se conhece o propósito do
Mestre em querer tal unidade: possivelmente,
nenhum outro pecado entre os crentes desvia
tanto o mundo da fé em Cristo quanto o doloroso
pecado da divisão.
Paulo escreveu: “Rogo-vos, irmãos, pelo
nome de nosso Senhor Jesus Cristo... sejais
inteiramente unidos, na mesma disposição mental
e no mesmo parecer” (1 Coríntios 1:10). Diante
de tal súplica da parte do Espírito Santo por
unidade, como um espírito verdadeiro, um
coração obediente, pode tratar tão levianamente
esse pecado entre nós? Como alguém pode deixar
de sentir que é imperativo abrir mão de tudo o
que não seja especificamente exigido pelo Espírito
Santo, a fim de ser um com todos os demais
discípulos? Na verdade, todo crente deveria
sentir-se culpado de pecado, se estiver apoiando
qualquer prática religiosa que perpetue divisões
entre cristãos.
Duas causas reais perpetuam divisões no
mundo religioso. Uma é que muitas pessoas —
algumas boas e piedosass também — nunca
consideraram isso um pecado, mas o trataram
levianamente, sem se preocupar. A outra causa é
que muitas pessoas de coração piedoso e fiel, que
lamentam profundamente a existência de divisões,
consideram o problema enraizado demais
para ser remediado. Nenhum grupo faz algum
esforço para pôr em ação exatamente aquilo que
o nosso Senhor ensina e ordena; mas cada um
continua desobedecendo a Deus.
Alguns, porém, estão prontos para “pisar as
uvas sozinho” (Isaías 63:3), a fim de obedecer a
Jesus. Como Saulo de Tarso, estão clamando com
o coração: “Que farei, Senhor?” (Atos 22:10).
Estão dispostos a abandonar negócios ou posição
social para se tornarem “lixo do mundo e escória
de todos” (1 Coríntios 4:13b), para agradar seu
Senhor e fazer a Sua vontade. Para esses é que
escrevo.
O belo resultado da unidade entre os santos
jamais pode ser atingido enquanto o denominacionalismo
for perpetuado. Quem o incentiva
está incentivando exatamente aquilo que impede
os esforços de alcançarem o fim glorioso
pelo qual Jesus orou. Tal pessoa está incentivando
o maior de todos os males do mundo religioso.
Pense nisto: algumas pessoas de coração bom
estão incentivando, estimulando e até apoiando
aquilo que mais impede o avanço da causa de
Cristo no mundo.
Podemos até desejar que todas as igrejas
denominacionais “declarem falência” e “se
retirem” (Apocalipse 18:4), mas não podemos
esperar que isso aconteça na realidade. A única
maneira de deter o denominacionalismo, em seu
avançado progresso, é fazer com que corações
individuais enxerguem os seus malefícios. Daí,
então, poderão abandoná-lo, renunciá-lo e tornarem-
se apenas cristãos, tal como os cristãos do
Novo Testamento. Ser apenas cristão, como os
cristãos do primeiro século, significa ser guiado
absolutamente pelo Espírito Santo — para ensinar,
trabalhar, servir e adorar conforme Ele
conduziu o povo quando desceu ao mundo
guiando-o a toda a verdade. Se repetirmos Sua
obra entre a humanidade, poderemos ter certeza
de que somos como os cristãos do Novo Testamento,
totalmente livres do denominacionalismo.
Jesus não deixou os primeiros cristãos começarem
a grandiosa obra de salvar o mundo,
enquanto o Espírito Santo não veio para guiálos.
A ordem era para “esperarem”, “permanecerem”.
Eles fizeram isso. Ele veio e estamos
examinando Sua primeira obra entre e com esses
discípulos. Será que Jesus estava mais ansioso
por ver o Espírito Santo guiar Seus primeiros
discípulos do que Ele está ansioso por vê-lO nos
guiar? Se Ele não deixou que Seus discípulos
prosseguissem no trabalho sem a orientação do
Espírito, será que Ele deseja que nós prossigamos
sem essa mesma orientação? Qualquer um hoje
que siga de coração, fiel e explicitamente a obra
que o Espírito realizou quando veio guiar os
primeiros discípulos, com certeza, está seguindo
a orientação do Espírito Santo. De fato, pelo que
sabemos, essa é a única maneira de ser guiado
por Ele.
Como a obra do Espírito com os discípulos
deve ser um exemplo e um guia para nós, e como
nossa obra precisa ser conforme esse modelo
divino, temos de examinar consciente e cuidadosamente
cada fase da obra. Vimos que essa
primeira obra incluiu pregar a respeito de Jesus,
ouvir, “estar absolutamente certo”, arrependerse
e depois ser batizado. Então, quem segue esse
modelo está seguindo a orientação do Espírito
Santo, assim como Pedro e seus ouvintes fizeram
no primeiro Pentecostes após a ressurreição de
Jesus. Tal pregador prega Jesus conforme Ele
está revelado no Novo Testamento, roga a seus
ouvintes que, confiadamente, estejam certos de
que o Jesus que foi crucificado é Senhor e Cristo
e ordena a todos os que sabem disso que se
arrependam e sejam batizados para o perdão dos
seus pecados. Ele não prega as doutrinas das
diversas denominações, mas somente a doutrina
bíblica. Rotular esse pregador com um título
denominacional é desfigurar o próprio homem e
a doutrina do nosso Senhor.
Em face desse exemplo claro do Espírito
Santo, como corações sinceros podem estar
divididos na obra da pregação do evangelho e da
salvação do mundo? O exemplo bíblico não é
claro? É possível segui-lo? Com certeza, ele é tão
claro quanto a água cristalina. Nenhum profeta,
sacerdote ou pregador se faz necessário para
interpretá-lo para que os incultos e sem estudo o
compreendam; ele é tão claro que qualquer um
que o leia pode compreendê-lo. Será que o
Espírito Santo falaria de maneira tão confusa a
ponto de corações que buscam a verdade, que
buscam até o sangue de Jesus, entenderem mal?
O ensino do Espírito é tão vago que precisa se
dividir em partidos, cada qual criando seu
próprio partido, quando Jesus suplica e roga que
seus seguidores tenham a mesma disposição
mental e o mesmo parecer? Onde está o erro? Se
o Espírito Santo ensinou de forma que os ouvintes
não possam entendê-lO, então as súplicas dEle
para que sejamos um, com certeza, são em vão.
As pessoas a quem Pedro pregou foram salvas
antes ou depois do batismo? Aqui está uma
bifurcação em que corações bons e sinceros se
separam um do outro. Isso é mesmo necessário?
Será que os três mil que foram batizados no
Pentecostes discordavam nesta questão, ou
tinham um mesmo parecer? Quando a reunião
acabou, havia um partido que acreditava ter sido
salvo antes do batismo e outra divisão que
acreditava ter sido salva depois do batismo?
Não, não havia, e todos sabem que não havia tal
divisão. Por que não havia? Aquelas pessoas
reunidas não eram de todas as partes do mundo?
Não falavam línguas diferentes e não tinham
sido criadas sob diferentes influências e em ambientes
diferentes? Em outras palavras, não eram
pessoas diferentes nos temperamentos, nas aptidões,
nas influências familiares e nas instruções
primárias tanto quanto quaisquer ouvinte de
hoje? Apesar disso, assim que Pedro disse: “cada
um de vós seja batizado... para remissão dos
vossos pecados” (Atos 2:38), cada integrante
daquele público entendeu o discurso de Pedro. E
nós, por que não podemos entender? Qual é a
diferença? Na verdade, temos uma tradução do
discurso de Pedro, mas é uma tradução verdadeira?
Será que as palavras em português, para
as quais se verteram as idéias de Pedro, são mais
difíceis de se entender?
Em outras palavras, amado amigo, você
acredita que corações retos deveriam confundir
a pequena palavra “para” na expressão “para
remissão dos vossos pecados” de modo a se
dividirem em partidos, criando facções e divisões
entre o povo de Deus, enquanto Jesus está a todo
tempo orando e suplicando que sejam um?
Certamente, a pequena palavra “para” não é tão
ambígua assim. O significado desse simples
termo explica tudo. Ele é a chave para o sentido
da passagem. “Com certeza”, diria alguém, “a
grande divisão no mundo religioso sobre a
questão de quando a pessoa é salva — se é antes
ou depois do batismo — não se deve ao significado
de palavras como [a preposição] ‘para’”.
Com absoluta certeza, essa é a verdade. Na
realidade, não existe desculpa para a divisão. O
denominacionalismo pode continuar somente
se ignorarmos completamente os apelos de nosso
Senhor para sermos um.
Quando Pedro disse para as pessoas serem
batizadas para o perdão dos pecados, eles
relacionou o batismo ao perdão dos pecados
num certo sentido importante. O que ele quis
dizer? Veremos, na lição “Impossibilita Qualquer
Divisão” na série “Cristianismo Não-Denominacional”.
Unidade e Unicidade
“Pai santo, guarda-os em teu nome, que me
deste, para que eles sejam um, assim como nós”
(João 17:11).
“Esforçando-vos diligentemente por preservar
a unidade do Espírito no vínculo da paz; há
somente um corpo e um Espírito, como também
fostes chamados numa só esperança da vossa
vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só
batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é
sobre todos, age por meio de todos e está em
todos” (Efésios 4:3–6).
“Se há, pois, alguma exortação em Cristo,
alguma consolação de amor, alguma comunhão
do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias,
completai a minha alegria, de modo que
penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor,
sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento”
(Filipenses 2:1, 2).


DISCIPULO ANTONIONY CINTRA
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