IGREJA CRISTÃ VIRTUAL
NOSSA CONFISSÃO DE FÉ
A
definição dos objetos de nossa fé é muito importante. Em um mundo confuso em
suas convicções e crenças, num emaranhado de dogmas e filosofias, ter plena
consciência dos elementos essenciais da Fé Cristã é uma questão crucial.
O conflito maior, todavia, acontece dentro da própria vertente cristã devido às MUITAS FORMAS de se compreender a BÍBLIA e a POLISSEMIA em torno dos principais temas bíblicos. Não são poucas as discórdias teológicas quando se trata de questões fundamentais da Fé Cristã.
Isso acontece pelo menos por TRÊS FATORES cruciais:
Primeiro, por causa do engano do maligno que procura obscurecer os desígnios de Deus. Esse engano, não raras vezes, chega até os crentes em Cristo Jesus mediante supostas operações miraculosas do Espírito Santo, quando, na verdade, são manifestações mediúnicas, da parte de satanás.
A esse respeito nos adverte a Palavra de Deus, dizendo: “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores” (Mt 7:15). Ainda em outro lugar diz: “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência” (I Tm 4:1-2). Também, em outra referência assim diz: “E não é de admirar, porque o próprio satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça...” (2Co 11:14-15).
Esses que se deixam ser usados por espíritos enganadores, como instrumentos de propagação da mentira, costumam se colocar como árbitros contra a igreja de Jesus Cristo e, com pretexto de humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuados, sem motivo algum, em suas mentes carnais, não se submetem ao encabeçamento e senhorio de Cristo (Cl 2:18-19).
A esses não devemos ouvir. Pois, assim diz a Escritura: “... ainda que um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema” (Gl 1:8-9). Nisto reconheceremos o espírito da verdade e o espírito do erro: aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve (I Jo 4:6).
Em segundo lugar, os conflitos teológicos que desvirtuam a Fé Cristã existem por causa de homens terrenos, os quais movidos por avareza, fazem comércio do povo de Deus (2Pe 2:3). Como diz o apóstolo Paulo aos filipenses: “Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas” (3:18-19). Por causa de seus corações materialistas interpretam o evangelho no âmbito natural, deixando transparecer que nada entendem do evangelho de Cristo, conforme declarou o apóstolo Paulo, dizendo: “Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocações, difamações, suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro” (I Tm 6:3-5).
Esses, “abandonando o reto caminho, se extraviaram, seguindo pelo caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça” (2Pe 2:15). Movidos pela a ganância e corrupção dos seus corações, acabaram por estabelecer para si o sistema religioso caído material e capitalista, para a satisfação de suas almas alienadas do verdadeiro conhecimento de Deus.
Em terceiro lugar, os desvios e equívocos teológicos que afastam o povo de Deus da Verdade existem pela falta de conhecimento e de discernimento quanto as dispensações e sobre o modo como Deus trata com o homem nas diversas eras ao longo do tempo. Textos bíblicos tais como Jo 1:17, Lc 16:16, Cl 2:14-17, Hb 10:1, Gl 4:21-31 não são levados em consideração e, na maioria das vezes, não são nem ao menos lido ou conhecidos pela maioria dos servos de Deus.
A incompreensão do contexto geral de toda a Bíblia, assim como de contextos históricos, dispensacionais e étnicos, além de uma infinidade de outras limitações no que tange ao conhecimento de Deus revelado em sua Palavra, são causas que determinam o avanço de tantas divisões no corpo de Cristo.
Há um desconhecimento generalizado a respeito do papel do antigo testamento e da realidade do novo. Toda essa confusão contribui para que o erro se propague e ganhe consistência no seio do povo de Deus.
É preciso, portanto, cultivarmos um coração simples e obediente à Palavra de Deus, aprendendo nós isso: “... não ultrapasseis o que está escrito; a fim de que ninguém se ensoberbeça a favor de um em detrimento de outro” (I Co 4:6). “Pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade” (2Co 4:2).
A CONFISSÃO QUE A IGREJA CRISTÃ VIRTUAL PROFESSA é o resultado do trabalho árduo que a Igreja ao longo dos séculos executou, por meio dos instrumentos de Deus, homens que foram considerados fiéis. Como verdadeiros garimpeiros das verdades divinas, se entregaram à consagração, ao ministério da Palavra e ao labor de afadigar-se integralmente no ensino da verdade. O que temos hoje, portanto, não é algo novo, nem tão pouco particular, nem mesmo fruto da mente de uns poucos; mas nos apoiamos nos ombros dos mestres do passado, espalhados ao longo do tempo e de nacionalidades distintas, não ligados a uma única fonte de pensamento ou vertente doutrinária. Mas, conforme receberam de Deus, nas muitas e variadas expressões do corpo de Cristo, tomamos cada parte por eles recebidas e as agregamos, constituindo um todo, verificando Escritura com Escritura, de sorte que o que obtivemos foi uma visão holística do desejo e vontade de Deus revelados em sua Palavra.
I. Bíblia Sagrada
1. Confessamos que a Bíblia Sagrada, um conjunto de sessenta e seis livros divididos em dois testamentos, sendo 39 no antigo e 27 no novo, é a Palavra de Deus revelada ao homem[1]. Deus decidiu, movido unicamente por Sua vontade, revelar-se ao homem e Se dar a conhecer mediante o Seu falar, primeiramente pelos profetas, no antigo testamento e, posteriormente, pelo Seu Filho, a Palavra Encarnada, no novo testamento[2]. Esses dois momentos em que Deus fala ao homem, primeiro pelos profetas e segundo pelo Seu Filho, são conhecidos hoje por Escrituras Sagradas, antigo e novo testamentos.
2. Confessamos que toda a Escritura é divinamente inspirada, escrita por homens santos que falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo[3]. Isso significa que a Bíblia com todo o seu conteúdo é a revelação verbal do Deus vivo; é a Sua voz falando do céu a terra; é a manifestação audível do Deus invisível; é o Seu doce falar que procura ouvidos para O ouvir, a fim de revelar aos homens a Sua pessoa e natureza, o Seu plano e obra, capacitando-nos a servi-lo racionalmente, de modo digno, à altura de Sua própria excelência.
3. Confessamos que a Bíblia Sagrada constitui a ÚNICA regra de fé e prática cristãs. De modo que toda e qualquer experiência ou doutrina precisam passar pelo crivo e aprovação das Escrituras para serem consideradas verdadeiras e aceitas pela verdadeira igreja de Jesus Cristo[4].
II. O Deus das Escrituras: Atributos, Natureza, Obra e Plano Eterno
4. Confessamos que o Deus revelado nas Escrituras é o Deus Vivo e Verdadeiro. Não sendo uma força impessoal, mas dotado de personalidade é Deus Espírito, Incriado, Único, Imutável, Criador absoluto, Sustentador do universo, Fonte de toda vida, Soberano e Eterno, além de tantos outros atributos exclusivos de Sua deidade[5].
5. Confessamos que o Deus Altíssimo é, sobretudo, Soberano, e como tal, possui um plano eterno desde a eternidade passada. É o Deus que desde a antiguidade anuncia as coisas que ainda não sucederam, e que desde o princípio as coisas que ainda vão acontecer, que diz: “o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade” [6].
6. Confessamos que o Deus Eterno, ao estabelecer o Seu plano eterno, não teve ao Seu lado nenhum conselheiro ou alguém que viesse a influenciar ou modificar o Seu propósito. Assim, de acordo com o beneplácito do Seu coração, movido tão somente pelo conselho de Sua vontade, desenhou a planta do universo, determinou a sua forma, seu arranjo, suas leis e escreveu a história das eras e o destino final de todas as coisas [7]. Como Senhor do universo elegeu e predestinou todas as Suas criaturas querendo com isso mostrar a Sua ira e dar a conhecer o Seu poder nos vasos preparados para a perdição, a fim de que, semelhantemente, desse a conhecer as riquezas de Sua glória em vasos de misericórdia, os quais preparou de antemão, para o louvor de Sua glória[8]
7. Confessamos que: Existe apenas um Deus o DEUS ÚNICO que está presente no Pai, e é o mesmo Filho e o mesmo Espírito Santo. [9]?
“Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.” (I Coríntios 8:6).
“Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força”. (Deuteronômio 6:4-5).
“... Qual é o principal de todos os mandamentos? Respondeu Jesus: O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor!” (Marcos 12:28-29).
“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”. (João 17:3).
“Tu crês que há um só Deus? Fazes bem. Também os demônios o crêem, e tremem.” (Tiago 2:19).
8. Confessamos que a este Deus somente, o Deus Único, devemos toda adoração e serviço; e a ninguém, quer nos céus, na terra ou debaixo da terra, devemos nos prostrar, adorar ou prestar culto e que não há lugar ou (espaço) definido para a Adoração tais como templos e etc..[10].
“Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” (João 4:23-24).
9. Confessamos que o Deus Único é a origem de tudo, tanto do mundo visível como invisível, tanto de anjos como de homens, assim dos céus como da terra. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Tanto vermes quanto homens, poeira e estrelas, finito e infinito, luz e trevas, paz e mal, “... eu, o Senhor, faço todas as coisas” (Is 45:7), “... e até o perverso para o dia da calamidade”[11].
10. Confessamos que o Deus Único Criador, não fazendo parte da criação, mas sendo o Seu autor, encontra-se em todos os lugares, pois preenche todas as coisas, independentemente do tempo e do espaço, sendo, portanto, ONIPRESENTE[12]. Como Deus por excelência tem ciência e conhecimento ilimitado, conhecedor do profundo e do escondido, do passado, presente e futuro, nada lhe é oculto, sendo, portanto, ONISCIENTE[13]. Além do mais, é todo poderoso, não existindo nada que lhe seja impossível, difícil ou complicado. Tem poder sobre todas as coisas tanto nos céus, como na terra e debaixo da terra, sendo, portanto, ONIPOTENTE[14].
III. Deus, o Pai
11. Confessamos que o Pai (A Palavra) é o criador e administrador do universo, o qual dirige a história universal e que com o seu eterno poder haverá de cumprir, cabalmente, o plano eterno, conforme estabelecido na eternidade passada[15].
IV. Deus, o Filho: Obra e Salvação
12. Confessamos que o Filho de Deus, (Jesus) o Deus unigênito que foi gerado (O Visível ) e está no seio do Pai[16], sendo o próprio Deus completo, se revelou ao homem mediante a Sua encarnação[17]. Por meio de Maria, Sua progenitora segundo a carne, pelo poder e obra do Espírito Santo, se fez homem perfeito, sem pecado, participante de carne e sangue, e sendo tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, não conheceu pecado[18].
13. Confessamos que o Filho, chamado Emanuel, que quer dizer “Deus conosco”, veio ao mundo para cumprir a vontade do Pai, testemunhar a Seu respeito, revelar o Pai aos homens e glorificá-lo[19]. E, sobretudo, veio como o sacrifício requerido pela lei para o resgate do universo e para a restituição do reino, tirando-o das mãos de satanás, mediante a Sua morte na cruz e a Sua ressurreição dentre os mortos, a fim de devolvê-lo ao Pai no último dia do fim[20].
14. Confessamos que o Filho, chamado pelo Nome de Jesus, que quer dizer “YAHVEH É A SALVAÇÃO”, veio redimir os homens dos seus pecados, mediante sua morte na cruz. Não uma morte qualquer, mas uma morte substitutiva, isto é, em nosso lugar[21]. Sendo Ele a propiciação pelos nossos pecados, obtemos pela fé, pela fé somente, o perdão dos pecados, a justificação e a reconciliação com Deus[22], de modo que podemos desfrutar da salvação sem nenhum empecilho, na face de Deus, servindo-o e aguardando o dia da redenção do nosso corpo, isto é, o dia de sua vinda[23].
15. Confessamos que o Filho de Deus não permaneceu na morte, mas ressuscitou ao terceiro dia[24] e hoje VIVE assentado à destra(a o poder ) do Pai a interceder por nós como nosso advogado, mediador e fiador da nova aliança, sumo sacerdote e ministro do santuário celestial, a fim de aplicar em nós a salvação eterna[25], já consumada e adquirida de uma vez por todas na cruz do Calvário. Dos céus o aguardamos, de onde há de vir para julgar os vivos e os mortos[26], para tratar com satanás[27], restabelecer o reino eterno do Pai sobre a terra, dar fim ao velho sistema de coisas.[28].
V. Deus, Espírito Santo: Natureza e Obra
16. Confessamos que o Espírito Santo, sendo Ele o próprio Deus, manifesto (Invisível) na qualidade de enviado do Cristo ressuscitado, ascendido e exaltado, está presente na terra com o fim de testemunhar a respeito de Jesus Cristo, exaltá-lo e glorificá-lo no mundo[29].
17. Confessamos que o Espírito Santo, O Consolador, habita dentro de todos os verdadeiros filhos de Deus, o qual os regenera mediante a vida divina liberada por Cristo em Sua morte e, dispensada mediante a Sua ressurreição, para dentro de todo o que nEle crer[30].
18. Confessamos que o Espírito Santo foi enviado dos céus, da parte do Cristo ressurreto e entronizado, sobre os Seus discípulos, a fim de batizá-los para dentro de um só corpo, formando assim a Igreja[31]. Esse mesmo batismo, o batismo no Espírito Santo, visa ungir, ordenar e capacitar o Corpo de Cristo, a igreja, a dar a continuidade ao ministério de Cristo na terra[32]. Esse não é um batismo para uns poucos seletos, nem é evidenciado meramente pelo dom de línguas, mas é um só batismo para o Corpo, para quantos o Senhor nosso Deus chamar, recebido como um selo no momento em que se ouve e crer na Palavra, no evangelho da nossa salvação[33].
19. Como líder da Igreja o Espírito Santo executa a vontade de Cristo, na terra, o qual, dos céus, ministra dons aos membros do Seu corpo, mediante o Seu Espírito que em nós habita[34]. Este mesmo Espírito, o Espírito Santo, o qual produz o fruto do Espírito nos crentes, promove a edificação da Igreja, a fim de apresentar ao Noivo, no dia de Sua vinda, uma noiva aprovada e adornada, sem mácula, ruga ou coisa semelhante[35].
20. Confessamos que o Espírito Santo é o penhor da nossa herança, a garantia de que Aquele que começou a boa obra em nós há de completá-la até o dia de Cristo Jesus. E como o selo da salvação sobre todos os eleitos e predestinados, torna-se o distintivo que separa as demais criaturas dos filhos de Deus[36].
VI. A Igreja: Natureza, Expressão, Constituição e Função
21. Confessamos que a Igreja, no âmbito universal, é formada por TODOS os verdadeiros filhos de Deus, [filhos esses que foram eleitos, predestinados, chamados, redimidos pelo sangue de Cristo, reconciliados com o Pai e regenerados pela vida de ressurreição de Cristo], independentemente de rótulos denominacionais, do tempo em que tenham vivido ou do espaço em que se encontrem. Esses constituem o corpo místico de Cristo, participantes de Sua vida e natureza, e estão sendo conformados à imagem do Filho primogênito de Deus a fim de compartilharem de Sua glória futura[37].
22. Confessamos que a Igreja, como expressão local, é delimitada pelo perímetro de uma cidade, constituída de todos os santos, em Cristo, os quais fazendo parte da igreja invisível, se encontram em determinada região administrativa, limitados no tempo e no espaço, onde se reúnem em unidade em o Nome do Senhor Jesus Cristo[38]. Esses, em reconhecimento de seu estado pecaminoso, se arrependeram de seus pecados e, em plena certeza de fé na morte expiatória de Cristo Jesus e em Sua ressurreição dentre os mortos, foram batizados nas águas, por imersão, na autoridade do Nome de Jesus Cristo, conforme instruídos pelo próprio Senhor[39].
23. Confessamos que a vida coletiva da Igreja tanto quanto a vida individual de cada cristão devem ser determinadas, regidas, governadas pela luz do Espírito Santo que nos guia INTERIORMENTE[40] e pela luz das Escrituras sagradas que nos ensina EXTERIORMENTE[41]. Todo e qualquer outro meio ou método deve submeter-se a estas duas riquezas que o Senhor legou à Igreja, sem as quais não poderá haver vida cristã equilibrada[42].
24. Confessamos que a igreja em seu aspecto local é constituída de bispos, diáconos e santos, sendo este o modelo de uma igreja saudável, estabelecido pelos apóstolos. Os bispos são homens constituídos pelo Espírito Santo para pastorear o REBANHO DE DEUS, o qual Ele [Deus] comprou com o Seu próprio sangue[43]. Esses não possuem ovelhas, mas são comissionados para pastorear as ovelhas de Cristo. Aqueles que usurpam as ovelhas do Bom Pastor e conduzem-nas de qualquer modo, como se fossem suas, são ladrões e salteadores[44]. Os diáconos são servos da igreja separados para os serviços práticos da igreja, a fim de deixarem livres os que estão envolvidos diretamente no ministério da palavra e nas orações[45]. Os santos são todos os demais crentes que compõem a assembléia dos chamados.
25. Confessamos que a igreja em seu aspecto extralocal possui homens dotados de dons, [apóstolos, profetas, evangelistas e pastores e mestres], os quais contribuem para o aperfeiçoamento dos santos, para o desempenho do ministério, para a edificação do corpo de Cristo[46].
26. Confessamos que a igreja existe para a glória de Deus, para a satisfação do Seu coração. Planejada antes da fundação do mundo, tornou-se o objeto do amor do Pai, por meio da qual, o universo conhecerá a multiforme sabedoria de Deus, segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor[47].
VII. Escatologia: A doutrina das Últimas Coisas:
Segunda Vinda de Cristo, Tribunal de Cristo, Reino Milenar, Juízo Final e Novos Céus e Nova Terra
27. Confessamos a fé na segunda vinda de Cristo conforme prometido por Ele próprio nos dias de sua peregrinação terrestre e também em toda a Sua Palavra. Cremos que a Sua segunda vinda começará com o arrebatamento dos cristãos vencedores, será intermediada pela grande tribulação e culminará na manifestação universal de Jesus Cristo, de sorte que todo olho o verá[48].
28. Confessamos que, com a vinda de Cristo, inaugurar-se-á a era do Reino, os mil anos em que Cristo e os Seus vencedores irão reinar sobre a terra[49]. Durante esse período, todos os cristãos que não foram vencedores estarão fora do reino, sendo disciplinados pelo Senhor, com o fim de se tornarem participantes de Sua santidade e serem aproveitados, para não serem condenados com o mundo[50].
29. Confessamos que todos os cristãos serão julgados no Tribunal de Cristo, durante a Sua parousia, nos ares, tribunal esse de caráter familiar, destinado tão somente aos filhos de Deus, os quais serão julgados cada um segundo as suas obras, [51]
30. Confessamos a fé na ressurreição dos mortos, uma ressurreição corpórea, incluindo maus e bons, justos e injustos, a fim de comparecerem diante do Juiz de toda a terra para serem julgados, e para que recebam a vida ou o juízo, de acordo com o evangelho de Jesus Cristo. Este é o tribunal do Grande Trono Branco, no final do milênio[52].
31. Confessamos, segundo as Escrituras, que essa velha terra e os céus que agora existem haverão de passar, e que esse velho sistema de coisas desaparecerá e dará lugar à nova ordem estabelecida por Jesus Cristo, o Senhor, a saber: os novos céus e nova terra, quando a paz universal tiver sido restaurada, o governo divino restabelecido em todo o universo, e o nome de Jesus exaltado e confessado por toda língua nos céus, na terra e debaixo da terra[53].
32. Confessamos que a Nova Jerusalém é uma cidade espiritual, símbolo do povo de Deus, tanto do antigo como do novo testamento, em estado de glorificados[54]. Como tal é a consumação do propósito eterno de Deus o Pai, em Cristo, pelo operar do Espírito Santo em todos os Seus escolhidos. É o cumprimento do desejo e oração do Filho de Deus, o qual deseja que todos sejam um, assim como é o Pai e o Filho e o Espírito Santoi, que sejamos também Nele. É o amalgamar do homem com a divindade, é a obra de filiação consumada, é Deus expressado na humanidade.
O conflito maior, todavia, acontece dentro da própria vertente cristã devido às MUITAS FORMAS de se compreender a BÍBLIA e a POLISSEMIA em torno dos principais temas bíblicos. Não são poucas as discórdias teológicas quando se trata de questões fundamentais da Fé Cristã.
Isso acontece pelo menos por TRÊS FATORES cruciais:
Primeiro, por causa do engano do maligno que procura obscurecer os desígnios de Deus. Esse engano, não raras vezes, chega até os crentes em Cristo Jesus mediante supostas operações miraculosas do Espírito Santo, quando, na verdade, são manifestações mediúnicas, da parte de satanás.
A esse respeito nos adverte a Palavra de Deus, dizendo: “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores” (Mt 7:15). Ainda em outro lugar diz: “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência” (I Tm 4:1-2). Também, em outra referência assim diz: “E não é de admirar, porque o próprio satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça...” (2Co 11:14-15).
Esses que se deixam ser usados por espíritos enganadores, como instrumentos de propagação da mentira, costumam se colocar como árbitros contra a igreja de Jesus Cristo e, com pretexto de humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuados, sem motivo algum, em suas mentes carnais, não se submetem ao encabeçamento e senhorio de Cristo (Cl 2:18-19).
A esses não devemos ouvir. Pois, assim diz a Escritura: “... ainda que um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema” (Gl 1:8-9). Nisto reconheceremos o espírito da verdade e o espírito do erro: aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve (I Jo 4:6).
Em segundo lugar, os conflitos teológicos que desvirtuam a Fé Cristã existem por causa de homens terrenos, os quais movidos por avareza, fazem comércio do povo de Deus (2Pe 2:3). Como diz o apóstolo Paulo aos filipenses: “Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas” (3:18-19). Por causa de seus corações materialistas interpretam o evangelho no âmbito natural, deixando transparecer que nada entendem do evangelho de Cristo, conforme declarou o apóstolo Paulo, dizendo: “Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocações, difamações, suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro” (I Tm 6:3-5).
Esses, “abandonando o reto caminho, se extraviaram, seguindo pelo caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça” (2Pe 2:15). Movidos pela a ganância e corrupção dos seus corações, acabaram por estabelecer para si o sistema religioso caído material e capitalista, para a satisfação de suas almas alienadas do verdadeiro conhecimento de Deus.
Em terceiro lugar, os desvios e equívocos teológicos que afastam o povo de Deus da Verdade existem pela falta de conhecimento e de discernimento quanto as dispensações e sobre o modo como Deus trata com o homem nas diversas eras ao longo do tempo. Textos bíblicos tais como Jo 1:17, Lc 16:16, Cl 2:14-17, Hb 10:1, Gl 4:21-31 não são levados em consideração e, na maioria das vezes, não são nem ao menos lido ou conhecidos pela maioria dos servos de Deus.
A incompreensão do contexto geral de toda a Bíblia, assim como de contextos históricos, dispensacionais e étnicos, além de uma infinidade de outras limitações no que tange ao conhecimento de Deus revelado em sua Palavra, são causas que determinam o avanço de tantas divisões no corpo de Cristo.
Há um desconhecimento generalizado a respeito do papel do antigo testamento e da realidade do novo. Toda essa confusão contribui para que o erro se propague e ganhe consistência no seio do povo de Deus.
É preciso, portanto, cultivarmos um coração simples e obediente à Palavra de Deus, aprendendo nós isso: “... não ultrapasseis o que está escrito; a fim de que ninguém se ensoberbeça a favor de um em detrimento de outro” (I Co 4:6). “Pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade” (2Co 4:2).
A CONFISSÃO QUE A IGREJA CRISTÃ VIRTUAL PROFESSA é o resultado do trabalho árduo que a Igreja ao longo dos séculos executou, por meio dos instrumentos de Deus, homens que foram considerados fiéis. Como verdadeiros garimpeiros das verdades divinas, se entregaram à consagração, ao ministério da Palavra e ao labor de afadigar-se integralmente no ensino da verdade. O que temos hoje, portanto, não é algo novo, nem tão pouco particular, nem mesmo fruto da mente de uns poucos; mas nos apoiamos nos ombros dos mestres do passado, espalhados ao longo do tempo e de nacionalidades distintas, não ligados a uma única fonte de pensamento ou vertente doutrinária. Mas, conforme receberam de Deus, nas muitas e variadas expressões do corpo de Cristo, tomamos cada parte por eles recebidas e as agregamos, constituindo um todo, verificando Escritura com Escritura, de sorte que o que obtivemos foi uma visão holística do desejo e vontade de Deus revelados em sua Palavra.
I. Bíblia Sagrada
1. Confessamos que a Bíblia Sagrada, um conjunto de sessenta e seis livros divididos em dois testamentos, sendo 39 no antigo e 27 no novo, é a Palavra de Deus revelada ao homem[1]. Deus decidiu, movido unicamente por Sua vontade, revelar-se ao homem e Se dar a conhecer mediante o Seu falar, primeiramente pelos profetas, no antigo testamento e, posteriormente, pelo Seu Filho, a Palavra Encarnada, no novo testamento[2]. Esses dois momentos em que Deus fala ao homem, primeiro pelos profetas e segundo pelo Seu Filho, são conhecidos hoje por Escrituras Sagradas, antigo e novo testamentos.
2. Confessamos que toda a Escritura é divinamente inspirada, escrita por homens santos que falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo[3]. Isso significa que a Bíblia com todo o seu conteúdo é a revelação verbal do Deus vivo; é a Sua voz falando do céu a terra; é a manifestação audível do Deus invisível; é o Seu doce falar que procura ouvidos para O ouvir, a fim de revelar aos homens a Sua pessoa e natureza, o Seu plano e obra, capacitando-nos a servi-lo racionalmente, de modo digno, à altura de Sua própria excelência.
3. Confessamos que a Bíblia Sagrada constitui a ÚNICA regra de fé e prática cristãs. De modo que toda e qualquer experiência ou doutrina precisam passar pelo crivo e aprovação das Escrituras para serem consideradas verdadeiras e aceitas pela verdadeira igreja de Jesus Cristo[4].
II. O Deus das Escrituras: Atributos, Natureza, Obra e Plano Eterno
4. Confessamos que o Deus revelado nas Escrituras é o Deus Vivo e Verdadeiro. Não sendo uma força impessoal, mas dotado de personalidade é Deus Espírito, Incriado, Único, Imutável, Criador absoluto, Sustentador do universo, Fonte de toda vida, Soberano e Eterno, além de tantos outros atributos exclusivos de Sua deidade[5].
5. Confessamos que o Deus Altíssimo é, sobretudo, Soberano, e como tal, possui um plano eterno desde a eternidade passada. É o Deus que desde a antiguidade anuncia as coisas que ainda não sucederam, e que desde o princípio as coisas que ainda vão acontecer, que diz: “o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade” [6].
6. Confessamos que o Deus Eterno, ao estabelecer o Seu plano eterno, não teve ao Seu lado nenhum conselheiro ou alguém que viesse a influenciar ou modificar o Seu propósito. Assim, de acordo com o beneplácito do Seu coração, movido tão somente pelo conselho de Sua vontade, desenhou a planta do universo, determinou a sua forma, seu arranjo, suas leis e escreveu a história das eras e o destino final de todas as coisas [7]. Como Senhor do universo elegeu e predestinou todas as Suas criaturas querendo com isso mostrar a Sua ira e dar a conhecer o Seu poder nos vasos preparados para a perdição, a fim de que, semelhantemente, desse a conhecer as riquezas de Sua glória em vasos de misericórdia, os quais preparou de antemão, para o louvor de Sua glória[8]
7. Confessamos que: Existe apenas um Deus o DEUS ÚNICO que está presente no Pai, e é o mesmo Filho e o mesmo Espírito Santo. [9]?
“Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.” (I Coríntios 8:6).
“Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força”. (Deuteronômio 6:4-5).
“... Qual é o principal de todos os mandamentos? Respondeu Jesus: O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor!” (Marcos 12:28-29).
“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”. (João 17:3).
“Tu crês que há um só Deus? Fazes bem. Também os demônios o crêem, e tremem.” (Tiago 2:19).
8. Confessamos que a este Deus somente, o Deus Único, devemos toda adoração e serviço; e a ninguém, quer nos céus, na terra ou debaixo da terra, devemos nos prostrar, adorar ou prestar culto e que não há lugar ou (espaço) definido para a Adoração tais como templos e etc..[10].
“Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” (João 4:23-24).
9. Confessamos que o Deus Único é a origem de tudo, tanto do mundo visível como invisível, tanto de anjos como de homens, assim dos céus como da terra. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Tanto vermes quanto homens, poeira e estrelas, finito e infinito, luz e trevas, paz e mal, “... eu, o Senhor, faço todas as coisas” (Is 45:7), “... e até o perverso para o dia da calamidade”[11].
10. Confessamos que o Deus Único Criador, não fazendo parte da criação, mas sendo o Seu autor, encontra-se em todos os lugares, pois preenche todas as coisas, independentemente do tempo e do espaço, sendo, portanto, ONIPRESENTE[12]. Como Deus por excelência tem ciência e conhecimento ilimitado, conhecedor do profundo e do escondido, do passado, presente e futuro, nada lhe é oculto, sendo, portanto, ONISCIENTE[13]. Além do mais, é todo poderoso, não existindo nada que lhe seja impossível, difícil ou complicado. Tem poder sobre todas as coisas tanto nos céus, como na terra e debaixo da terra, sendo, portanto, ONIPOTENTE[14].
III. Deus, o Pai
11. Confessamos que o Pai (A Palavra) é o criador e administrador do universo, o qual dirige a história universal e que com o seu eterno poder haverá de cumprir, cabalmente, o plano eterno, conforme estabelecido na eternidade passada[15].
IV. Deus, o Filho: Obra e Salvação
12. Confessamos que o Filho de Deus, (Jesus) o Deus unigênito que foi gerado (O Visível ) e está no seio do Pai[16], sendo o próprio Deus completo, se revelou ao homem mediante a Sua encarnação[17]. Por meio de Maria, Sua progenitora segundo a carne, pelo poder e obra do Espírito Santo, se fez homem perfeito, sem pecado, participante de carne e sangue, e sendo tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, não conheceu pecado[18].
13. Confessamos que o Filho, chamado Emanuel, que quer dizer “Deus conosco”, veio ao mundo para cumprir a vontade do Pai, testemunhar a Seu respeito, revelar o Pai aos homens e glorificá-lo[19]. E, sobretudo, veio como o sacrifício requerido pela lei para o resgate do universo e para a restituição do reino, tirando-o das mãos de satanás, mediante a Sua morte na cruz e a Sua ressurreição dentre os mortos, a fim de devolvê-lo ao Pai no último dia do fim[20].
14. Confessamos que o Filho, chamado pelo Nome de Jesus, que quer dizer “YAHVEH É A SALVAÇÃO”, veio redimir os homens dos seus pecados, mediante sua morte na cruz. Não uma morte qualquer, mas uma morte substitutiva, isto é, em nosso lugar[21]. Sendo Ele a propiciação pelos nossos pecados, obtemos pela fé, pela fé somente, o perdão dos pecados, a justificação e a reconciliação com Deus[22], de modo que podemos desfrutar da salvação sem nenhum empecilho, na face de Deus, servindo-o e aguardando o dia da redenção do nosso corpo, isto é, o dia de sua vinda[23].
15. Confessamos que o Filho de Deus não permaneceu na morte, mas ressuscitou ao terceiro dia[24] e hoje VIVE assentado à destra(a o poder ) do Pai a interceder por nós como nosso advogado, mediador e fiador da nova aliança, sumo sacerdote e ministro do santuário celestial, a fim de aplicar em nós a salvação eterna[25], já consumada e adquirida de uma vez por todas na cruz do Calvário. Dos céus o aguardamos, de onde há de vir para julgar os vivos e os mortos[26], para tratar com satanás[27], restabelecer o reino eterno do Pai sobre a terra, dar fim ao velho sistema de coisas.[28].
V. Deus, Espírito Santo: Natureza e Obra
16. Confessamos que o Espírito Santo, sendo Ele o próprio Deus, manifesto (Invisível) na qualidade de enviado do Cristo ressuscitado, ascendido e exaltado, está presente na terra com o fim de testemunhar a respeito de Jesus Cristo, exaltá-lo e glorificá-lo no mundo[29].
17. Confessamos que o Espírito Santo, O Consolador, habita dentro de todos os verdadeiros filhos de Deus, o qual os regenera mediante a vida divina liberada por Cristo em Sua morte e, dispensada mediante a Sua ressurreição, para dentro de todo o que nEle crer[30].
18. Confessamos que o Espírito Santo foi enviado dos céus, da parte do Cristo ressurreto e entronizado, sobre os Seus discípulos, a fim de batizá-los para dentro de um só corpo, formando assim a Igreja[31]. Esse mesmo batismo, o batismo no Espírito Santo, visa ungir, ordenar e capacitar o Corpo de Cristo, a igreja, a dar a continuidade ao ministério de Cristo na terra[32]. Esse não é um batismo para uns poucos seletos, nem é evidenciado meramente pelo dom de línguas, mas é um só batismo para o Corpo, para quantos o Senhor nosso Deus chamar, recebido como um selo no momento em que se ouve e crer na Palavra, no evangelho da nossa salvação[33].
19. Como líder da Igreja o Espírito Santo executa a vontade de Cristo, na terra, o qual, dos céus, ministra dons aos membros do Seu corpo, mediante o Seu Espírito que em nós habita[34]. Este mesmo Espírito, o Espírito Santo, o qual produz o fruto do Espírito nos crentes, promove a edificação da Igreja, a fim de apresentar ao Noivo, no dia de Sua vinda, uma noiva aprovada e adornada, sem mácula, ruga ou coisa semelhante[35].
20. Confessamos que o Espírito Santo é o penhor da nossa herança, a garantia de que Aquele que começou a boa obra em nós há de completá-la até o dia de Cristo Jesus. E como o selo da salvação sobre todos os eleitos e predestinados, torna-se o distintivo que separa as demais criaturas dos filhos de Deus[36].
VI. A Igreja: Natureza, Expressão, Constituição e Função
21. Confessamos que a Igreja, no âmbito universal, é formada por TODOS os verdadeiros filhos de Deus, [filhos esses que foram eleitos, predestinados, chamados, redimidos pelo sangue de Cristo, reconciliados com o Pai e regenerados pela vida de ressurreição de Cristo], independentemente de rótulos denominacionais, do tempo em que tenham vivido ou do espaço em que se encontrem. Esses constituem o corpo místico de Cristo, participantes de Sua vida e natureza, e estão sendo conformados à imagem do Filho primogênito de Deus a fim de compartilharem de Sua glória futura[37].
22. Confessamos que a Igreja, como expressão local, é delimitada pelo perímetro de uma cidade, constituída de todos os santos, em Cristo, os quais fazendo parte da igreja invisível, se encontram em determinada região administrativa, limitados no tempo e no espaço, onde se reúnem em unidade em o Nome do Senhor Jesus Cristo[38]. Esses, em reconhecimento de seu estado pecaminoso, se arrependeram de seus pecados e, em plena certeza de fé na morte expiatória de Cristo Jesus e em Sua ressurreição dentre os mortos, foram batizados nas águas, por imersão, na autoridade do Nome de Jesus Cristo, conforme instruídos pelo próprio Senhor[39].
23. Confessamos que a vida coletiva da Igreja tanto quanto a vida individual de cada cristão devem ser determinadas, regidas, governadas pela luz do Espírito Santo que nos guia INTERIORMENTE[40] e pela luz das Escrituras sagradas que nos ensina EXTERIORMENTE[41]. Todo e qualquer outro meio ou método deve submeter-se a estas duas riquezas que o Senhor legou à Igreja, sem as quais não poderá haver vida cristã equilibrada[42].
24. Confessamos que a igreja em seu aspecto local é constituída de bispos, diáconos e santos, sendo este o modelo de uma igreja saudável, estabelecido pelos apóstolos. Os bispos são homens constituídos pelo Espírito Santo para pastorear o REBANHO DE DEUS, o qual Ele [Deus] comprou com o Seu próprio sangue[43]. Esses não possuem ovelhas, mas são comissionados para pastorear as ovelhas de Cristo. Aqueles que usurpam as ovelhas do Bom Pastor e conduzem-nas de qualquer modo, como se fossem suas, são ladrões e salteadores[44]. Os diáconos são servos da igreja separados para os serviços práticos da igreja, a fim de deixarem livres os que estão envolvidos diretamente no ministério da palavra e nas orações[45]. Os santos são todos os demais crentes que compõem a assembléia dos chamados.
25. Confessamos que a igreja em seu aspecto extralocal possui homens dotados de dons, [apóstolos, profetas, evangelistas e pastores e mestres], os quais contribuem para o aperfeiçoamento dos santos, para o desempenho do ministério, para a edificação do corpo de Cristo[46].
26. Confessamos que a igreja existe para a glória de Deus, para a satisfação do Seu coração. Planejada antes da fundação do mundo, tornou-se o objeto do amor do Pai, por meio da qual, o universo conhecerá a multiforme sabedoria de Deus, segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor[47].
VII. Escatologia: A doutrina das Últimas Coisas:
Segunda Vinda de Cristo, Tribunal de Cristo, Reino Milenar, Juízo Final e Novos Céus e Nova Terra
27. Confessamos a fé na segunda vinda de Cristo conforme prometido por Ele próprio nos dias de sua peregrinação terrestre e também em toda a Sua Palavra. Cremos que a Sua segunda vinda começará com o arrebatamento dos cristãos vencedores, será intermediada pela grande tribulação e culminará na manifestação universal de Jesus Cristo, de sorte que todo olho o verá[48].
28. Confessamos que, com a vinda de Cristo, inaugurar-se-á a era do Reino, os mil anos em que Cristo e os Seus vencedores irão reinar sobre a terra[49]. Durante esse período, todos os cristãos que não foram vencedores estarão fora do reino, sendo disciplinados pelo Senhor, com o fim de se tornarem participantes de Sua santidade e serem aproveitados, para não serem condenados com o mundo[50].
29. Confessamos que todos os cristãos serão julgados no Tribunal de Cristo, durante a Sua parousia, nos ares, tribunal esse de caráter familiar, destinado tão somente aos filhos de Deus, os quais serão julgados cada um segundo as suas obras, [51]
30. Confessamos a fé na ressurreição dos mortos, uma ressurreição corpórea, incluindo maus e bons, justos e injustos, a fim de comparecerem diante do Juiz de toda a terra para serem julgados, e para que recebam a vida ou o juízo, de acordo com o evangelho de Jesus Cristo. Este é o tribunal do Grande Trono Branco, no final do milênio[52].
31. Confessamos, segundo as Escrituras, que essa velha terra e os céus que agora existem haverão de passar, e que esse velho sistema de coisas desaparecerá e dará lugar à nova ordem estabelecida por Jesus Cristo, o Senhor, a saber: os novos céus e nova terra, quando a paz universal tiver sido restaurada, o governo divino restabelecido em todo o universo, e o nome de Jesus exaltado e confessado por toda língua nos céus, na terra e debaixo da terra[53].
32. Confessamos que a Nova Jerusalém é uma cidade espiritual, símbolo do povo de Deus, tanto do antigo como do novo testamento, em estado de glorificados[54]. Como tal é a consumação do propósito eterno de Deus o Pai, em Cristo, pelo operar do Espírito Santo em todos os Seus escolhidos. É o cumprimento do desejo e oração do Filho de Deus, o qual deseja que todos sejam um, assim como é o Pai e o Filho e o Espírito Santoi, que sejamos também Nele. É o amalgamar do homem com a divindade, é a obra de filiação consumada, é Deus expressado na humanidade.
WWW.IGREJACRISTAVIRTUAL.ORG.BR
PROJETOCEIFAR@HOTMAIL.COM
PROJETOCEIFAR@HOTMAIL.COM
Nenhum comentário:
Postar um comentário